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Parto de Suzane von Richthofen teve esquema inédito em hospital: "Todo mundo apreensivo"

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Richthofen deu à luz a um menino na sexta-feira (26)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 29/01/2024, às 13h32   Cadastrado por Sanny Santana


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O parto de Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, teve um esquema especial no Hospital Albert Sabin, em Atibaia, a 70km de São Paulo, capital. A operação inédita no local aconteceu para que o procedimento não chegasse a público. As informações são da coluna True Crime, do jornalista Ulisses Campbell, de O Globo.

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Suzane, de 40 anos, deu à luz a um menino na última sexta-feira (26). A criança recebeu o nome de Felipe, o mesmo do seu marido, pai da criança, o médico Felipe Zecchini Nunes, que é chefe do pronto-atendimento da unidade de saúde. 

Durante o pré-natal, Suzane foi atendida no complexo hospitalar Santa Casa, no município de Brangança Paulista, lugar onde o marido mora. A criminosa, contudo, foi transferida para o hospital onde o esposo trabalha para contar com o apoio da direção a fim de manter o parto e a estadia dela em sigilo.

O esquema

A direção do Albert Sabin precisou fazer uma reunião entre funcionários durante a semana para detalhar como seria o esquema de segurança, inédito para os padrões do hospital, para que a informação não vazasse.

Suzane, portanto, chegaria ao hospital na madrugada, usando um moletom com capuz para cobrir o rosto. Ela, depois, entraria pelos fundos, acessando um dos laboratórios e passando para o quarto 117, onde seria recepcionada.

Conforme orientações da direção do hospital, médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem eram proibidos de falar com Suzane sobre qualquer assunto que não fosse o parto. Caso conversassem sobre outros temas, corriam o risco de serem demitidos. Além disso, os funcionários do hospital também não podiam repassar para fora qualquer informação sobre a mulher, desde estado de saúde até o fato de estar internada lá.

Operadores de telefonia também foram orientados a monitorar todas as ligações feitas no período em que Suzane esteve no hospital para identificar possíveis vazamentos.

Uma funcionária do hospital, que preferiu não se identificar, comentou sobre o clima de tensão na unidade. "Ficou todo mundo apreensido, com medo de ser punido. Foi um bochicho generalizado. Quando a informação do parto vazou, ficamos com medo de ser alvo de investigação ou sindicância, porque muita gente viu Suzane no hospital", declarou.

Richthofen deixou o hospital na noite de sábado (27), por volta de 21h30. Conforme informações do jornalista, ela não recebeu qualquer visita enquanto estave internada, exceto a do marido. 

Assim como na chegada, ela deixou a unidade de saúde pelos fundos, ao lado de dois seguranças e da enfermeira de plantão. Inicialmente a alta estava prevista para o domingo ou segunda, mas Suzane preferiu ser acompanhada no pós-cesárea em casa, feita pelo próprio marido.

Permissão da Justiça

Paa ser internada, Suzane ainda precisou pedir permissão à Justiça, já que ela cumpre pena em regime aberto necessariamente em Bragança Paulista. Os dois municípios têm uma distância de meia hora de carro. Pelas regras estipuladas na Lei de Execução Penal (LEP), a criminosa não pode sair da jurisdição da cidade-domicílio declarada por ela no fórum de Bragança Paulista.

De acordo com as regras do regime, inclusive, Suzane só poderá sair com o filho na rua entre 6h e 20h. Caso viole as regras estabelecidas, a mulher voltará para a cadeia. A pena terminará apenas em 2041, ano em que o filho dela estará com 17 anos.

Classificação Indicativa: Livre

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