Meio Ambiente
DivulgaçãoPublicado em 15/06/2022, às 05h50 Diego Vieira
Primeiro banco brasileiro a se comprometer com o equilíbrio de emissões de carbono de suas carteiras de crédito e investimentos até 2050, o Bradesco possui diversas outras ações de sustentabilidade, tema o qual, a instituição financeira diz ter como um dos principais pilares da estratégia corporativa da empresa.
De acordo com Marcelo Pasquini, head de sustentabilidade do Bradesco, o compromisso demanda o estabelecimento de metas setoriais intermediárias até 2030, em linha com os requisitos e as orientações estabelecidos no âmbito da Net-Zero Banking Alliance, acordo mundial liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para mobilizar os recursos necessários para construir uma economia global com emissões líquidas zero de gases de efeito estufa, alinhada ao Acordo de Paris.
“Entendemos que chegamos a um novo patamar de gestão climática e queremos ser protagonistas dessa transição no Brasil. No centro da iniciativa está nossa ambição de engajar e apoiar aos clientes a adaptarem seus negócios, promovendo uma economia mais inclusiva, eficiente, limpa e resiliente às mudanças climáticas, potencializando assim a nossa estratégia e o nosso propósito em prol do desenvolvimento socioeconômico”, afirma.
No ano passado, o Bradesco anunciou a meta de direcionar R$250 bilhões para setores e ativos de impacto socioambiental positivo por meio dos seus negócios até 2025. Até março de 2022, 43% da meta, considerada a maior do tipo já divulgada entre os bancos brasileiros, já havia sido direcionada.
“A meta considera a concessão de crédito para atividades classificadas como de contribuição positiva, produtos e serviços financeiros com foco socioambiental para pessoas físicas e jurídicas, além da assessoria na estruturação de soluções de crédito e dívida atreladas a critérios ESG (ambientais, sociais e de governança)”, explica.
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Ainda conforme Pasquini, as ações integram a modificação do planejamento estratégico de sustentabilidade implantado pela instituição financeira com o objetivo de intensificar a atuação em temas que exigem transformação dos negócios do banco.
“Nas nossas operações, também buscamos reduzir os impactos por meio de metas e iniciativas que promovam a melhoria na gestão do consumo de recursos, redução na geração de resíduos e na emissão de gases de efeito estufa (GEE). Por meio da gestão da ecoeficiência, estabelecemos planos plurianuais contemplando: consumo de água, energia, papel de impressão, combustíveis e emissões de GEE”, diz.
Alinhado a esses esforços, o representante do Bradesco explica que desde 2019 o banco compensou 100% das emissões operacionais de carbono Escopo 1, 2 e 3 e, desde 2020, se tornou uma das primeiras instituições financeiras no mundo a ter 100% das operações abastecidas por energia de fontes renováveis.
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Além dos projetos já citados, Marcelo Pasquini pontua ainda que em 2021 o Bradesco reduziu 11% do consumo de energia. No estado de São Paulo, a instituição implantou o programa Aterro Zero, transformando todos os resíduos não recicláveis da empresa em Combustível Derivado de Resíduo (CDR). Já em relação ao consumo de água, em 2021, a corporação manteve o monitoramento do consumo de água por meio de plataforma informatizada, com objetivo de realizar a gestão sob as metas de redução de consumo estabelecidas anualmente.
“Continuamos utilizando água de reuso produzida em nossa Estação de Tratamento de Esgoto situada na Cidade de Deus e fazemos reaproveitamento de água da chuva em alguns de nossos prédios administrativos”, destaca.
Há 14 anos o Bradesco firmou uma parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias. A FAS desenvolve trabalhos que promovem a melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas da Amazônia. Em 2021, beneficiou 582 comunidades em 16 unidades de conservação.
“A parceria do Bradesco com a FAS tem sido relevante para o desenvolvimento de projetos de conscientização e conservação ambiental, empreendedorismo, educação e inclusão financeira. Com a parceria, através da nossa Universidade Corporativa (UNIBRAD) levamos diversos cursos de educação financeira para comunidade ribeirinha. O conteúdo é levado de forma padronizada e através de um intenso processo de co-criação para atender às verdadeiras necessidades dos ribeirinhos”, ressalta o head de sustentabilidade do banco.
Além disso, a instituição, que atua na região Amazônia desde 1965 e atualmente está presente em todos os municípios do Bioma, disponibilizou mais de R$ 35 milhões para quase 30 mil contratos de microcrédito desde 2014 e de 2.400 pessoas já foram beneficiadas pelas iniciativas de Educação Financeira e Empreendedorismo por meio da Unibrad.
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