Meio Ambiente

Junho Verde: Como uma multinacional conseguiu ter embalagens que possuem 100% de material reciclado

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A multinacional tem uma diretriz que envolve três esferas: “Menos Plástico, Melhor Plástico, Nenhum Plástico”  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/06/2022, às 05h50   Redação BNews


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Trabalhar com materiais que podem ser danosos ao meio ambiente pode parecer ser inevitável, afinal, como chegar a você um produto líquido, como um suco ou um shampoo? Mas acredite, tem gente que está preocupada em minimizar o máximo possível os impactos desse tipo de material, como o plástico, por exemplo. A Unilever é uma empresa que tem a sustentabilidade como foco e, por isso, aderiu ao tratado contra a poluição plástica em 2018, de modo que a reutilização do plástico tem sido sua principal estratégia, a ponto de reduzir mais de 10 mil toneladas de plástico virgem neste ano.

A redução está diretamente ligada a embalagens de produtos de quatro marcas da companhia, que hoje possuem 100% de material reciclado: Seda e Dove (beleza e bem-estar), Comfort e Fofo (cuidados com a casa). Na categoria alimentos, com as linhas Meu Assado e Sopinhas, de Knorr, a novidade é o polipropileno monomaterial. Com o volume anunciado, a empresa chegou a quase 30 mil toneladas de plástico reciclado nas embalagens de suas marcas, o que contribui significativamente para o alcance das metas da empresa até 2025, registradas no Unilever Compass – o plano estratégico de negócios da companhia – no pilar “Um Mundo Livre de Resíduos”.

Além disso, a “Unilever é pioneira em utilizar resina pós-consumo em larga escala. Hoje, todas as nossas marcas de produtos para limpeza da casa, e muitos dos produtos de higiene pessoal, como xampus, condicionadores, cremes para pentear e cremes de tratamento da companhia utilizam resina reciclada em suas embalagens. No entanto, há outras vertentes de trabalho também, tanto que, globalmente, a companhia investe em pesquisa e desenvolvimento de embalagens para acelerar inovações que reduzem o uso de plástico em nossos produtos e processos e que são baseadas em pilares de inovação que passam por: leveza; concentração; refil, reutilização e retorno; embalagem livre de plástico; alteração do formato/design da embalagem e mudança no formato do produto”, contou a gerente de advocacy de sustentabilidade da Unilever Brasil, Juliana Abreu.

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A multinacional tem uma diretriz que envolve três esferas: “Menos Plástico, Melhor Plástico, Nenhum Plástico”. Para eles, “menos plástico”, significa investimento em inovação para explorar novos formatos de embalagens e produtos. Já com “melhor plástico”, eles se referem a busca por um percentual cada vez maior de resina reciclada pós-consumo na composição dos frascos e mais plástico de fonte renovável.Enquanto que “nenhum plástico” significa repensar a projeção dos produtos, desenvolvendo modelos de negócios totalmente novos e novas experiências de compra. “Também significa revisitar nosso portfólio com pesquisa e desenvolvimento para trazer ao consumidor opções de produtos em refil, produtos concentrados e produtos nus, que não requerem embalagens”, detalhou a gerente.

Juliana Abreu

Mas fazer “acelerar a economia circular do plástico” ainda é um desafio para qualquer empresa que tem o proposito sustentável. “Para continuar a dar certo e de um modo mais abrangente, depende um pouco de todos.  Mas consideramos o aumento da separação e no descarte adequado dos resíduos como um dos principais desafios da cadeia de circularidade do plástico. A falta de coleta seletiva abrangente em todo o território nacional, a baixa disponibilidade de resina pós-consumo para compra, e os altos preços desses materiais (vs. resina virgem) são questões que se colocam contra a aceleração da economia circular do plástico. Por isso, queremos usar nossa escala e influência para criar mudanças positivas muito além das nossas portas, queremos impulsionar a economia circular, que olha para todo o ciclo de vida do plástico, valorizando o material após seu uso reintegrando-o à cadeia de produção”, explica Juliana.

Público

A Unilever segue um movimento natural do próprio público brasileiro, visto que de acordo com pesquisas, como a da Nielsen, de 2019, 94% dos brasileiros acham importante que as empresas invistam em projetos de proteção ao meio ambiente. Aliás, essas pessoas estão dispostas a pagar até 73% mais caro por marcas que se preocupem com questões ambientais. Em outra pesquisa, “Who Cares, Who Does”, da Kantar, feita em 2020, 67% dos consumidores têm intenção de comprar de modo ambientalmente responsável. “Se estamos impulsionando outras pessoas e outras empresas, isso é favorável ao conjunto: a elas e ao meio ambiente.  E a nós, pelo importante papel de usarmos da nossa visibilidade para algo tão positivo”, relata a gerente.

Pra se manterem entre as companhias líderes globais de sustentabilidade, a Unilever acredita que é necessário um trabalho contínuo e requer esforço e dedicação, para isso, apresentam número verdadeiramente impressionante no quesito: “Em 2010 fomos uma das primeiras companhias a conectar o plano de negócios à sustentabilidade, com o USLP (Plano de Vida Sustentável da Unilever), que teve 10 anos de duração. Como conquistas, globalmente tivemos menos 96% de resíduos enviados para descarte; redução de 65% nas emissões de CO2 nas fábricas; 49% menos água nos processos de fabricação. Além do aumento de 14%, para 62% da quantidade de matérias-primas agrícolas obtidas de modo sustentável”

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Ser uma empresa mais sustentável e preocupada com a saúde e o bem-estar das pessoas está no DNA da Unilever, já que a tradição em ser uma empresa líder em sustentabilidade e preparada para o futuro, começou há mais de 100 anos, quando William Lever, o fundador da companhia, lançou a primeira marca com propósito do mundo, a Sunlight, com o objetivo de levar produtos de higiene e dar mais qualidade à vida das pessoas.

“Queremos que as nossas ações e esforços sejam vistos e sirvam de exemplo para outras empresas. O trabalho para um mundo mais sustentável, precisa e deve ser uma ação coletiva, envolvendo todos os atores sociais. O cuidado com o meio ambiente faz parte de nosso propósito, engloba toda a nossa comunidade de dentro para fora e vamos continuar seguindo esse caminho”, finaliza a gerente. 

Tratado do Plástico

O documento é considerado o pacto “verde” multilateral mais importante desde o Acordo de Paris e é uma resolução histórica para combater a poluição plástica e estruturar um acordo internacional até 2024 se concentrando em duas grandes frentes: reciclagem e redução do uso de plástico virgem. Ele tem o objetivo de sensibilizar governos e a sociedade em geral sobre o uso e o descarte correto do plástico virgem e assim ajudar a acelerar a transição de uma economia linear para uma economia circular efetiva, reduzindo a produção do material no mundo e criando condições adequadas para acelerar o crescimento de novos modelos de negócios, formatos e disponibilidade de plástico pós-consumo (PCR).

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