Meio Ambiente

Junho Verde: Moura Dubeux investe em construções sustentáveis, institui práticas ESG e obtém certificações ambientais

Divulgação/Moura Dubeux
Moura Dubeux é responsável pela construção do primeiro residencial do Nordeste com certificado internacional AQUA-HQE  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Moura Dubeux

Publicado em 30/06/2022, às 05h50   Diego Vieira


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Responsável pela construção do edifício Mansão Bahiano de Tênis, que fica no bairro da Graça, em Salvador, primeiro residencial do Nordeste com certificado internacional AQUA-HQE - que atesta se os edifícios seguem a normas básicas de segurança ambiental – a construtora Moura Dubeux tem elaborado diversas práticas de ESG (ambiental, social e governança, em português), sigla que surgiu no mercado financeiro como uma forma de medir o impacto que as ações de sustentabilidade geram nos resultados das empresas.

Em abril deste ano, a construtora, que atua no mercado há 35 anos, divulgou o primeiro relatório de sustentabilidade. De acordo com o coordenador de Qualidade e Meio Ambiente do grupo, Romário Xavier, o documento mostra, na prática, o que a empresa tem feito para impulsionar mudanças e motivar uma ação coletiva a afim de desenvolver normas de proteção ao meio ambiente.

Nós publicamos o relatório no site da instituição e fizemos uma divulgação interna forte também para todos os colaboradores. Nesse relatório constam as ações de ESG que a construtora adotou e que continua maximizando algumas dessas ações. Nós já tínhamos algumas práticas sustentáveis, mas depois de abertura de capital que aconteceu em 2020, montamos um comitê de colaboradores para se debruçar sobre essas práticas para comtemplar algumas ações que a gente já tínhamos, melhorar outras e implantar algumas novas".

Segundo a supervisora de Legalização da construtora, Milena Amorim, um dos grandes compromissos da Moura Dubeux é desenvolver produtos imobiliários com foco no consumo consciente de insumos. Por isso, são utilizadas tecnologias sustentáveis que promovem eficiência hídrica e energética. De acordo com a supervisosa, por meio do Lean Construction, ou seja, construção enxuta, por exemplo, é possível simplificar os processos, racionalizar o produto, reduzir a geração de resíduos e ganhar em produtividade na execução dos serviços desenvolvidos pela organização.

Ao BNews, Amorim citou também outras ações que até então não eram inseridas nos empreendimentos da Moura e que passaram a ser elaborados pela instituição.

Estamos priorizando muito espaços compartilhados, como lavanderias compartilhadas. Além disso, estamos incentivando bastante o uso de bicicletas, priorizando espaços para bikes, não só vagas para estacionamento de bicicletas, mas também oficinas para a manutenção delas. Estamos também priorizando fontes de energia alternativa, tendo cuidado com as esquadrilhas, fazendo estudo de ventilação cruzada e orientação em relação ao sol para minimizar o calor e melhorar o conforto ambiental dentro das nossas unidades. Estamos prevendo também a implantação de hortas nas nossas unidades”.

“Estamos investindo pesado também no paisagismo. A gente pede sempre ao paisagista que siga o Plano Diretor de Arborização aqui de Salvador, que priorize usar plantas de espécies nativas”, acrescenta.

Para conter os custos com energia, a Moura Dubuex aderiu e passou a incentivar o uso de energia renovável por meio de fontes rastreáveis, o que levou a construtora a receber a certificação I-REC – que serve para comprovar que a energia elétrica consumida é proveniente de uma fonte de energia renovável. Além disso, alguns dos empreendimentos da empresa contam com iluminação em LED nas áreas comuns, por meio de sensores de presença, sistemas de automação de iluminação e climatização. Além de elevadores modernos que ficam em modo stand-by em momentos de pouca utilização.

Além disso, os canteiros de obras também contam com iluminação em LED, bem como ambientes pintados com cores claras, o que não só valoriza a iluminação, mas também a ventilação natural.

Certificados de sustentabilidade

Alguns dos projetos da construtora já contam com certificações ambientais, como o AQUA-HQE obtido pelo edifício Mansão Bahiano de Tênis, citado no início do texto. Além do certificado, o condomínio foi beneficiado com o selo IPTU Verde - programa que concede descontos para o proprietário que adota as práticas sustentáveis.

Apesar da importância do documento, Milena Amorim explica que, a certificação não foi um atrativo para os clientes que adquiriram unidades no edifício.

“A gente pleiteou e lutou bastante para conseguir essa certificação. Quando obtivemos essa certificação, nós utilizamos bastante no nosso material de vendas e propagandas. Demos isso como uma ferramenta forte para o comercial, mas infelizmente não tivemos o retorno esperado. O AQUA não é muito conhecido aqui no Nordeste, até porque essa questão da sustentabilidade está chegando mais forte agora”, lamenta a supervisora que destacou ainda algumas das ações desenvolvidas no edifício.

Ele é um empreendimento inteligente. Tem automação nas áreas comuns, nos apartamentos e isso tudo torna o empreendimento com operação mais barata, apesar do tamanho dele. A operação do empreendimento em relação ao peso dele é muito mais barata por conta dos equipamentos que foram utilizados, da inteligência do empreendimento em si”.

Além de Salvador, outros empreendimentos da construtora já contam com soluções sustentáveis que fazem a diferença na vida dos moradores. O projeto do Artiz Meireles, em Fortaleza (CE), por exemplo, conta com painéis solares que geram, em média, 50% da energia consumida pelas áreas comuns na forma de energia renovável.

Além disso, todos os pavimentos de apartamentos têm, nos seus halls de serviço, espaços específicos para a colocação dos resíduos orgânicos e recicláveis.

Para Romário Xavier, o objetivo da Moura Dubeux é ir além de uma certificação. “Existem muitas certificações no mercado que ensinam para a gente essas diretrizes. Acreditamos que futuramente o nosso empreendimento consiga atender a todas as certificações. O nosso objetivo é ir além do papel. A gente não quer só ter o certificado, queremos a garantia do empreendimento sustentável e que os clientes percebam isso na prática”, frisa.

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