Mundo

Comboio de veículos militares, com 64 km de extensão, se dirige à capital Kiev

reprodução/ Twuitter @defenceU
O Ministério da Defesa russo afirmou que vai atacar locais em Kiev e pede para que civis deixem suas casas  |   Bnews - Divulgação reprodução/ Twuitter @defenceU

Publicado em 01/03/2022, às 12h54   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Os Russos intensificam os ataques à Ucrânia e montam um comboio de veículos militares com cerca de 64 quilômetros de extensão, segundo imagens de satélite, indo em direção à capital do país, Kiev. Segundo a empresa Maxar, responsável pela imagem, podem ser vistos tanques, peças de artilharia, veículos de transporte e outros equipamentos de logística. De acordo com a CNN, a fila se estende da área ao redor do aeroporto de Antonov, que fica a cerca de 25 quilômetros do Centro de Kiev), ao sul, até a cidade de Prybirsk, ao norte.

Em matéria publicada no portal O Globo, na madrugada desse sexto dia de guerra, o prédio do governo regional da segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, foi atingido por um míssil, pelo menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas de acordo com o assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko.

O Ministério da Defesa russo afirmou que vai atacar locais em Kiev pertencentes ao serviço de segurança da Ucrânia, além de uma unidade de operações especiais. As invasões foram divulgadas em nota para evitar "ataques de informação" contra a Rússia. O comunicado também solicita que moradores próximos a esses locais deixem suas casas.

Até agora 136 civis foram mortos na ofensiva russa contra a Ucrânia onde 13 eram crianças. Cerca de 400 pessoas também ficaram feridas. O Ministério das Relações Exteriores da Índia confirmou que um estudante indiano foi morto durante o bombardeio em Kharkiv.

Na manhã desta terça-feira, em uma mensagem de vídeo divulgada em suas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky classificou os ataques a Kharkiv como "terrorismo de Estado".
“Lançar um míssil na praça central de Kharkiv é uma verdadeira ação terrorista. Assim, a Rússia se tornou um Estado terrorista, e peço que todos reconheçam isso. Ninguém vai perdoar isso, ninguém vai esquecer”, disse Zelensky

Leia mais:

Otan não enviará tropas para lutar ao lado dos ucranianos

Cervejaria da Ucrânia para de produzir cerveja e se dedica à fabricação de coquetel molotov

Soldado Ucraniano viraliza no Tik Tok publicando vídeos para tranquilizar filha; assista

Já o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fez um apelo à comunidade internacional para intensificar as sanções contra a Rússia.  "Mísseis russos bárbaros atingiram a Praça da Liberdade e bairros residenciais de Kharkiv. O mundo pode e deve fazer mais. Aumentem a pressão. Isolem a Rússia totalmente", escreveu Kuleba, em uma rede social.

Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, por sua vez, afirmou que o bombardeio russo em Kharkiv viola as "leis da guerra". Essa é a segunda vez que Kharkiv é alvo de um grande ataque russo desde o início da guerra, mas, até o momento, a cidade, com mais de 1,5 milhão de habitantes e a apenas 65 quilômetros da fronteira da Rússia, permanece nas mãos dos ucranianos.

 Outras cidades ucranianas também sofreram ofensivas russas durante a madrugada desta terça-feira.  No Leste do país, tropas de Moscou atacaram a cidade estratégica de  Mariupol e Volnovakha. Enquanto Mariupol ficou sem energia elétrica, Volnovakha, de 20 mil habitantes, ficou praticamente "destruída", de acordo com o governador da região, Pavlo Kirilenko.

"As duas cidades estão sob pressão do inimigo, mas estão resistindo. Em Mariupol, as linhas de energia foram cortadas e a cidade está sem eletricidade", escreveu o governador no Facebook. "Mariupol e Volnovakha são nossas."

Após o ataque, o comandante das forças separatistas do território pró-Rússia de Donestk, Eduard Basurin, anunciou que  Mariupol "será completamente cercada" nesta terça-feira. Segundo ele, as tropas permitirão que os civis deixem a cidade por "dois corredores humanitários" abertos até quarta-feira.

Apesar da ofensiva, no entanto, até agora o Exército russo não tomou nenhuma grande cidade ucraniana. Para proteger a capital, Zelensky anunciou um novo plano de defesa, que inclui a nomeação de um novo general para fazer a estratégia militar e o prefeito, Vitalii Klitschko, para organizar a parte civil e de voluntários. O mandatário afirmou que defender Kiev "é prioridade", já que a queda da capital significaria uma grande chance de vitória dos russos na guerra.

Siga o BNews no Google Notícias e receba os principais destaques do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp