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Em conversa com governador, familiares da menina baleada em Porto de Galinhas pede afastamento de PMs

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A família pediu o afastamento dos policias que atuaram na operação que matou Heloysa, mas governo afasta apenas a equipe de Ipojuca  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Tv Globo

Publicado em 07/04/2022, às 10h15 - Atualizado às 11h22   Redação


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Os familiares da menina de 6 anos, Heloysa Gabrielly, baleada em Porto de Galinha, em Recife, foram recebidos pelo governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), nesta quarta-feira (6). Na ocasião, eles solicitaram o afastamento dos policiais que atuaram na ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) já que testemunhas afirmaram que eles já chegaram atirando. Mas, a princípio, o governo garantiu a saída dos militares de Ipojuca, local onde fica a praia.

Após meia hora de conversa, o pai da menina, Wendel Fernandes, se disse satisfeito com o que ouviu no encontro. "Só queremos Justiça. Estamos com total apoio do estado, que vai nos dar a Justiça o mais rápido possível. Eles nos passaram a confiança de que não vai ficar impune essa morte da minha pequena Heloysa. Disseram que vão dar o andamento o mais rápido possível para que isso seja esclarecido”, disse.

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Os familiares de Heloysa chegaram ao palácio acompanhados dos advogados do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) e da Articulação Negra de Pernambuco (Anepe). O encontro do grupo com o chefe do executivo de Pernambuco, aconteceu com portas fechadas e com a participação dos secretários de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Cloves Benevides, e de Justiça e Direitos Humanos, Eduardo Figueiredo.

Em nota, o governo disse que se solidariza com os pais de Heloysa e  assegurou que a investigação será rigorosa e rápida.

A advogada Maria Clara D'Ávila, do Gajop disse que os pedidos dos familiares e das entidades de direitos humanos foram formalizados por meio de ofício. "Apresentamos especificamente três pedidos. O primeiro foi o afastamento dos policiais envolvidos com o caso. O segundo para que o governo se comprometa com a apresentação de um plano de redução de letalidade policial no estado e, por fim, a retirada gradual desses batalhões de operações especiais que estão causando excessos e os abusos policiais", afirmou.

Nesse encontro, o governo também se prontificou a apoiar os familiares da menina e com isso, definiram o atendimento para a família de Heloysa pelo Centro Estadual de Apoio as Vítimas de Violência (Ceav), voltado para familiares de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). "Foi realizada essa troca de contatos e a família vai receber esse apoio psicológico e assistencial", disse advogada da Anepe, Priscilla Rocha.

Segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire, existem três investigações em andamento sobre o caso: na Policia Civil, outro na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) e um inquérito policial em andamento na Polícia Militar (PM).

Sobre a solicitação de afastamento dos PMs que participaram da ocorrência das ruas, Humberto Freire não deu previsão e disse que os policiais "precisam realmente passar por todas as oitivas necessárias e o comando da polícia já retirou daquela localidade".

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