Polícia

Jovem encontrada morta nas dunas de Itapuã pode ter sido enterrada viva; autor alega que estava sob efeito de cocaína

Reprodução/Adenilson Nunes/BNews
Dara dos Santos Cavalcante, 23 anos, foi encontrada morta na última segunda-feira (31)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Adenilson Nunes/BNews

Publicado em 04/01/2019, às 13h11   Diego Vieira


FacebookTwitterWhatsApp

A atendente de farmácia Dara dos Santos Cavalcante, 23 anos, encontrada morta na última segunda-feira (31), nas dunas no bairro de Itapuã, em Salvador, pode ter sido enterrada ainda viva. Em depoimento à delegada Marta Karine, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídio (DH/Atlântico), responsável pelas investigações, Fernando Gabriel Souza dos Santos contou que abordou a vítima em uma rua escura quando a mesma retornava do trabalho, e disse não saber o que motivou o crime.

“Ela já tinha essa rotina de retornar para casa por volta das 23h30 e nesse dia ela foi abordada pelo Fernando, que ela já conhecia de vista. Ele contou que a acompanhou no trajeto e quando chegou numa rua mais escura, a abraçou e seguiu com ela. Ele alega que a vítima se assustou e acabou agredindo-o. Depois disso, ele apertou o pescoço dela e a Dara desmaiou”, explicou a delegada em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (4), no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fernando foi preso na quinta (3) e seria apresentado à imprensa, mas um requerimento da sua defesa suspendeu a decisão. De acordo com a delegada, ele enterrou a atendente de farmácia nas dunas por acreditar que ela estava morta. “Ele a deixou caída na rua e subiu as dunas cavou a areia, retornou e carregou ela é a enterrou. Jogou a areia com a própria mão. No dia seguinte, ele pediu uma pá a uma vizinha e submergiu o corpo dela com mais areia e foi embora”, disse.

No interrogatório prestado à polícia, o autor confesso disse ainda que não estuprou a vítima e alegou que estava sob efeito de drogas. “Ele disse que não praticou nenhum tipo de abuso sexual contra ela, mas estamos aguardando o laudo pericial para confrontarmos as informações. Ele também disse que fez isso porque estava sob efeito de cocaína”, relatou a delegada.

LEIA TAMBÉM: Comunidade de terreiro diz que jovem encontrada nas dunas do Abaeté foi estuprada

Ainda conforme a coordenadora, uma pessoa viu o momento em que Fernando abordou a atendente de farmácia e foi até ao DHPP após o corpo dela ter sido encontrado. “Uma testemunha o viu abraçado com ela e depois que o corpo foi achado, ele resolveu procurar DHPP. Nesse momento, a vizinhança toda já sabia do caso e estava revoltada. Após isso, conseguimos decretar a prisão temporária dele", descreveu.

Fernando, que era conhecido na comunidade por ter um comportamento agressivo, se apresentou na delegacia na tarde de quinta-feira (3) acompanhado de um advogado. “Uma das testemunhas contou que não denunciou logo o caso porque tinha medo dele, pela conduta agressiva que ele tinha na comunidade”, acrescentou.

Ele já tinha passagens pela polícia por furtos e roubos e chegou a ficar preso por três anos e vai responder pelos crimes de homicídio qualificado e feminicídio. Fernando segue custodiado na delegacia de Furtos e Roubos.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp