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“A polícia do estado não é milícia, não é matador”, diz secretário da Segurança Pública após mortes de PMs

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Coletiva ocorreu na manhã desta terça-feira (14), na SSP BA  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 14/09/2021, às 11h44   Brenda Viana e Nilson Marinho


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O secretário da Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, comentou sobre a morte dos policiais baianos nos últimos três dias. Na ocasião, que ocorria a inauguração das novas sedes do Serviço de Assistência Jurídica para os servidores desta terça-feira (14), o secretário foi enfático ao dizer que os policiais não são milicianos.

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“Eu gostaria de saudar a Polícia Militar por esse comportamento, que esse comportamento deve ser orientado a todos os policiais durante todo tempo. Polícia científica, polícia seria. A polícia do estado não é milícia, não é matador,”, comenta o secretário em relação aos policiais que estavam na operação no domingo (12) no bairro de Cosme de Farias, em Salvador. 

Ricardo Mandarino ainda prosseguiu dizendo que a população comenta que deveriam ter penas mais severas, porque as atuais, no entanto, não estão resolvendo em relação à violência que ocorre na capital baiana. 

“Muitas pessoas dizem por aí que bandido aqui não se cria. Quando eu ouço isso, eu fico pensando o que o senhor que fala isso pretende fazer? Pretende declarar a independência da Bahia e fazer penais mais severas? Porque as leis penais, atualmente, muitas pessoas estão dizendo que são mais frouxas ou pretendem se alinhar ao crime organizado, as milícias para sair matando e eliminando os policiais. Nós não vamos fazer nada disso, nós vamos continuar agindo dentro da lei, é assim que a gente tem que se comportar”, reforçou.

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Ele ainda lembrou que os PMs se emocionaram com a morte do tenente Mateus Grec, morto durante troca de tiros em Cosme de Farias, também no domingo (12). 

No caso do PM do tenente em Cosme de Farias, observe os senhores uma coisa importante que eu tenho observado como um cidadão, no meio daquela comoção toda, quando um policial perde um colega, um amigo, é natural que eles fiquem abatidos e eles fiquem desestruturados emocionalmente e possam cometer alguns excessos, não que isso seja seja o desejável, mas isso pode acontecer, porque é da natureza humana. Não estou justificando o excesso que tenha ocorrido, porque nós trabalhamos para que isso não aconteça, eu estou chamando atenção em meio a tudo isso, a todo aquele clima horroroso, ele se mantiveram equilibrados”. 

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