Polícia

Funcionários do sistema prisional tinham acesso privilegiado para sequestrar empresários de Salvador

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Três funcionários do sistema prisional foram presos durante uma operação nesta sexta (23)  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 23/09/2022, às 14h32


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Os três funcionários do sistema prisional que foram presos na manhã desta sexta-feira (23), em Salvador, suspeitos de serem membros de quadrilhas de sequestro e extorsão, utilizavam-se dos seus cargos para ter acesso privilegiado a dados de parte de suas vítimas. Ao menos oito empresários da capital baiana foram sequestrados por eles.

Os homens, que não tiveram suas identidades reveladas, tinham acesso ao sistema da Polícia, onde são armazenados dados de pessoas com antecedentes criminais – parte das vítimas tinham passagem. Com as informações em mãos, os suspeitos abordavam os empresários na rua e afirmavam ser policiais. Em seguida, os sequestros eram anunciados.

As vítimas eram levadas para um cativeiro na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde os homens exigiam dinheiro para a libertação. A polícia estima que uma das quadrilhas tenha faturado cerca de R$ 100 mil com os crimes.

como atuava funcionários do sistema prisional de salvador
De acordo com delegado, suspeitos tinham informações privilegiadas (Dinaldo Silva/BNews)

“Com posse das informações do sistema internado, eles sabiam que um determinado indivíduo tinha uma ocorrência que envolvia violência doméstica, por exemplo. Eles abordavam dizendo ser policiais civis, que estavam investigando o crime e que havia um mandado de prisão em aberto. Assim a abordagem ficava mais fácil. Mas é preciso lembrar que nem todas as vítimas tinham passagem, algumas eram escolhidas de maneira aleatória”, explicou o delegado Adailton Adan, durante uma coletiva de imprensa no final da manhã desta sexta.

Os três funcionários do sistema prisional, um deles com mais de sete anos de carreira, não faziam parte da mesma quadrilha. Eles atuavam em dois grupos diferentes. Com eles foram apreendidos giroflex, uma arma falsa, dinheiro e outros objetos. Mais de 50 policiais participam da ação que resultou na prisão do trio. Ambos foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba.

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