Polícia

Júri do caso de jovem estrangulada na RMS é adiado após advogado do réu extrair dente

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A jovem, de 19 anos, foi estrangulada até a morte em Simões Filho, em 2018  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 11/09/2023, às 12h06   Nilson Marinho


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O advogado Antônio Pereira dos Santos Filho, que defende o réu Helder Andrade Santos, acusado de estrangular uma jovem de 19 anos até a morte em Simões Filho, não compareceu ao fórum da cidade da região metropolitana de Salvador, onde aconteceria na manhã desta segunda (11) o júri popular do caso. Na noite de domingo (10), o advogado juntou ao processo um atestado médico de quatro dias por ter realizado uma extração de dente na última sexta (8).

De acordo com informações de Matheus Biset, sócio do escritório Gamil Föppel Advogados Associados, que defende a família de Stephanie Silva Santos de Souza, o juiz Murilo de Castro Oliveira tentou contato telefônico com o advogado do réu, mas não obteve sucesso. Em despacho, o juiz remarcou o júri para o dia 9 de outubro e intimou o réu a constituir mais um advogado, para não haver risco de nova remarcação.

“Considerando que o réu encontra-se preso e que é a segunda vez que seu defensor constituído solicita adiamento na véspera da sessão plenária, redesigno a sessão do júri para os dias 09 de outubro de 2023, às 09:00 horas. Em tempo, intime-se o réu para que constitua mais um patrono, no prazo de 5 dias, a fim de que não haja risco de pedido de nova remarcação, constando do mandado que será nomeada a Defensora Pública em caso de silêncio”, diz trecho do despacho.

Biset afirma que ficou surpreso com o novo adiamento do júri, marcado inicialmente para 10 de julho e remarcado para esta segunda. “Lamentamos que, mais uma vez, o Júri tenha sido adiado a pedido da defesa do réu. Esperamos que não sejamos mais surpreendidos com novo adiamento, já que o assassinato de Stephanie aconteceu há mais de 5 anos e esse caso precisa ser solucionado pra que a justiça seja feita”, declarou Biset.

Entenda o caso

No dia 28 de maio de 2018, Stephanie foi morta por Helder, por meio de esganadura seguida de asfixia. O corpo da jovem foi jogado em um terreno abandonado em Simões Filho.

A vítima era estudante do 1º ano do Colégio Estadual Desembargador Pedro Ribeiro, em São Caetano, bairro de Salvador onde morava, e desapareceu por volta das 13h30 a poucos metros de casa. Segundo a família da jovem, câmeras de segurança do bairro chegaram a registrar a vítima a caminho do colégio.

De acordo com Matheus Biset, as investigações duraram mais de dois anos, até que o delegado teve acesso às informações da quebra de sigilo telefônico de Stephanie e do réu e constatou que, antes de ser encontrada morta, a vítima teria falado com o réu por três vezes. “A quebra do sigilo telefônico de Hélder também comprovou que o réu esteve, no mesmo dia, no local onde o corpo da vítima foi encontrado”, complementou o advogado.

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