Polícia

Operação Melinoe: Autoridades realizam buscas em Câmara Legislativa do DF para apurar suposta 'rachadina'

Carlos Gandra/CLDF
Ação também apura possível fraude em folha de ponto de gabinete  |   Bnews - Divulgação Carlos Gandra/CLDF

Publicado em 14/12/2021, às 07h53   Redação BNews


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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizam buscas na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na manhã desta terça-feira (14) para investigar servidores lotados no gabinete do deputado Daniel Donizet (PL) acusados de assinarem folhas de ponto e não trabalharem. 

Também há uma apuração em andamento para investigar a prática de rachadinha - transferência de salários de assessores para o parlamentar ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido. 

As informações são da coluna "Na Mira", do site Metrópoles. Segundo a publicação, a operação Melinoe, foi deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. 

A investigação teve início em 2019, após denunciantes informaram que servidores do gabinete do parlamentar não exerciam suas funções e repassavam parte de suas remunerações a Donizet através do chefe de gabinete.

De acordo com a polícia, foi possível colher elementos de prova que confirmaram que os servidores assinavam as folhas de ponto e não compareciam à CLDF, desde antes do início da pandemia - o que demonstra compatibilidade com o que disseram os denunciantes.

Além da Câmara Legislativa, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, no Distrito Federal e Goiás. As ações têm por objetivo obter elementos probatórios para reforçar as investigações em andamento.

A operação Melinoe leva estes nome em alusão à deusa grega dos fantasmas.

Ainda segundo a publicação, em 2019, a suplente de Donizet, Kelly Bolsonaro (Patriota), durantes depoimento ao Ministério Público do Distrito Federal, fez referência à prática de suposta rachadinha. Ela atuou como parlamentar por 27 dias.

À Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), Kelly afirmou que uma comissionada disse a ela que era "normal" haver devolução de parte dos salários dos funcionários em todos os gabinetes da Câmara Legislativa (CLDF).

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