Política

Assalba diz que Nilo protela cumprimento de decisão; presidente nega

Publicado em 20/10/2016, às 11h01   Aparecido Silva


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As multas diárias de R$ 5 mil que o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL), acumula desde setembro de 2015 já chegam a um montante de R$ 1,8 milhão, conforme estimativa da Associação dos Servidores da Casa (Assalba). Em entrervista à Metrópole FM, na manhã desta quinta-feira (20), Flávio Medeiros, presidente da associação, afirmou que o dirigente da AL-BA reluta em atender a uma decisão da Justiça que o obriga a incorporar à folha de pagamento dos servidores o aumento diferenciado concedido pela Casa, em 1991.

"Em 2015, teve a obrigação de fazer a incorporação à folha de pagamento, e ele não fez. Existe uma multa diária de R$ 5 mil reais, que de setembro de 2015 até os dias de hoje, totalizam R$ 1,8 milhão do próprio bolso, como pessoa física, do presidente da Assembleia Legislativa", explicou Medeiros.

Ainda segundo o sindicalista, o passivo que AL-BA acumula desde o início do processo, há 24 anos, já está na casa dos R$ 400 milhões. "O passivo destas ações dá em torno de R$ 400 milhões. São 24 anos de passivo. Ele (o presidente) não desconhece, mas fica sempre recorrendo com embargos, com ação no Supremo, já perdeu várias vezes, em todas as instâncias ele vem perdendo e fica recorrendo, protelando o cumprimento", frisou.

Procurado pelo Bocão News, Nilo negou que esteja protelando. "Tenho decisão do Supremo Tribunal Federal mandando suspender tudo até que o pleno decida a questão. Os desembargadores não sabiam dessa decisão", argumentou o presidente da AL-BA. Ainda segundo o deputado, são 184 servidores que devem receber cerca de R$ 620 milhões em números atualizados. "É um passivo grande, eu estou defendendo o erário. Para se ter uma idéia, hoje o nosso orçamento é de R$ 490 milhões", disse, afirmando que não descumpriria decisão judicial: "decisão não se discute, cumpre-se". 

O presidente da Casa ainda afirmou que o representante da Assalba "está querendo aparecer" por conta das eleições para direção da associação representativa. "Chamei eles várias vezes para negociar, eles não quiseram negociar", reclamou Nilo.

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