Política

Marcelo Nilo diz que falas de Fabíola Mansur sobre ele são demonstrações de “ressentimento”

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Em entrevista ao BNews, o deputado federal - e coordenador da bancada baiana no Congresso - também acusou a deputada de não ter “credibilidade política”   |   Bnews - Divulgação BNews/Arquivo

Publicado em 17/05/2021, às 14h16   Marcos Maia


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O deputado federal Marcelo Nilo (PSB), e coordenador da bancada baiana no Congresso, reagiu na tarde desta segunda-feira (17) as declarações da deputada estadual, e colega de partido, Fabíola Mansur, de que ele teria de mudar de partido caso deixasse a base de apoio do governador Rui Costa (PT).

Ao BNews, NIlo afirmou que as declarações da deputada são fruto de “ressentimento” e a acusou de não ter “credibilidade política” para criticá-lo. " Marcelo Nilo, de um jeito ou de outro, sempre tenta estar na mídia. Eu sei que para ele mudar de lado, terá que sair do partido", afirmou Mansur nesta manhã,  durante a entrega de uma encosta no bairro de Boa Vista do Lobato, em Salvador.

“Ela está muito ressentida que foi derrotada para um novato na assembleia para segundo vice-presidente. Tomou uma surra eleitoral. Segundo: Para Fabíola me criticar ela tem que ter no mínimo 5% da história que eu tenho na política da Bahia”, avaliou Nilo. A fala do parlamentar faz uma referência a eleição para mesa diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), ocasião em que  Mansur perdeu para Marcelinho Veiga, genro de Nilo.

Segundo a própria deputada, o coordenador da bancada baiana no Congresso agiu nos bastidores para inviabilizar o seu nome na disputa. “Ela tomou uma surra eleitoral no voto secreto. Ela tem que saber ganhar e saber perder. Ela saiu com uma candidata experiente, toda falante, mas perdeu para um novato”, recordou. 

O deputado destacou que tem 31 anos como correligionário do PT no Estado, e avaliou que seu tempo de base de apoio lhe dá credibilidade para dizer que ele sempre teve um lado definido - salientando que esteve por 16 anos “contra Antônio Carlos Magalhães”. “Ela não tem credibilidade política para me criticar. Quando eu estava enfrentando o carlismo, nos momentos mais difíceis da Bahia, ela não estava na luta política”, opinou. 

Na última semana, em entrevista à Rádio Excelsior, Nilo admitiu que poderia aceitar um convite do ex-prefeito ACM Neto para sair como candidato ao Senado em 2022, se não receber o tratamento que acredita merecer por parte do PT.  “Não há uma entrevista dizendo que eu vou mudar de lado. Se me convidarem, vou pensar. Isso não quer dizer que eu vou mudar de lado”, ponderou.

Nilo tem feito críticas à articulação política do governo do Estado nos últimos meses, o que tem contribuído para os rumores sobre a sua saída da base petista. Nilo avalia também que a fala de Mansur não encontra ecos dentro do PSB, e que sua história fala por ele próprio, que nunca pensou em “mudar de lado”. Ao longo da entrevista, Nilo afirmou que a deputada estadual “não tem credibilidade política” para criticar alguém.  

“Ela é uma pessoa que teve de assinar um documento apoiando Adolfo Menezes [atual presidente da AL-BA]. Foi o primeiro deputado que assinou um documento apoiando Adolfo Menezes pois nos bastidores dizia que apoiava Nelson Leal [ex-presidente da AL-BA e atual titular na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE)]. Marquinhos Viana foi na casa dela que ela teve que assinar um documento apoiando Adolfo Menezes, pois ninguém acredita na palavra dela”, acusou.

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