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Florence: "Não existe MP de revitalização do Rio São Francisco"

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"O crime de lesa pátria da privatização do setor elétrico está sendo mascarado por seus realizadores através de fake news", declarou  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 15/06/2021, às 18h37   Henrique Brinco


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O deputado federal Afonso Florence (PT) é outro parlamentar que veio a público se dizer vítima das "fake news" envolvendo o projeto de desestatização da Eletrobras. Ele não concorda com o argumento espalhado nas redes sociais de que parlamentares baianos votaram contra a revitalização do Rio São Francisco, que foi incluída apenas como uma emenda ao projeto.

O petista baiano destacou que, na realidade, "a MP 1.031/2021, citada como a de revitalização do Rio São Francisco, na verdade privatiza o Sistema Eletrobras, inclusive a Chesf, estabelece compra obrigatória de energia termoelétrica, e aumento da tarifa, transformando o setor estratégico da energia em mercado especulativo para lucro".

Segundo ele, além da certa majoração tarifaria, provavelmente haverá apagão. "A verdade quanto ao investimento para bacias hidrográficas é que foi prevista irrisória contribuição. O crime de lesa pátria da privatização do setor elétrico está sendo mascarado por seus realizadores através de fake news", declarou, em nota.

Na última semana, o deputado federal Elmar Nascimento (DEM) veio a público criticar os parlamentares que votaram contra o projeto. Em entrevista ao programa "BNews Agora", da Piatã FM, o parlamentar criticou a esquerda que sempre defende as estatais. "Eu me tremo todo quando vejo essa defesa", ironizou.

No projeto, para a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, a MP determina o aporte de total de R$ 350 milhões ao ano, corrigido pelo IPCA, para projetos de aumento da recarga do rio por meio das vazões dos afluentes e para projetos de flexibilidade de operação dos reservatórios.

Além do dinheiro, usinas da Eletrobras na região, sob controle da Chesf, deverão fazer contrato com o operador do projeto de integração das bacias do rio São Francisco com as do Nordeste Setentrional a fim de disponibilizar um montante médio anual de 85 MW por 20 anos ao preço de R$ 80,00/MWh corrigido pelo IPCA.

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