Política

Luciano Bivar, presidente do União Brasil, não descarta conversa com Bolsonaro

Agência Câmara
Bnews - Divulgação Agência Câmara

Publicado em 08/10/2021, às 09h24   Redação BNews


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Após romper com Jair Bolsonaro depois de abrigá-lo no antigo PSL, o novo presidente do União Brasil, Luciano Bivar, não descarta uma conversa no futuro com o atual presidente.

Nem com ele, nem com qualquer outro quadro, reforça, mas garante que qualquer decisão deste porte será tomada em conjunto com os correligionários, em especial com o secretário-executivo e antigo líder do DEM, ACM Neto.

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"Eu sou o porta-voz do União Brasil, e circunstancialmente sou o presidente. Mas nada será feito no partido sem comum acordo com a bancada. Não digo só em relação a Bolsonaro, mas a qualquer líder. Tenho que combinar com a bancada do União Brasil. Eu sou como um príncipe do Palácio de Buckingham, que só vai em coisas mandado pelo primeiro-ministro. Uma representação mais litúrgica", despistou o ex-deputado em entrevista ao Globo.

Bivar disse também que não guarda mágoa do presidente pela briga em 2019, que passou pela tentativa de interferência de Bolsonaro no comando da sigla, mas que os seus caminhos se separaram.

Com a fala de alguém que conviveu com a Ditadura Militar, o presidente do partido que nasce da fusão PSL-DEM cita a neta de 17 anos para dizer que não tolera mais um país sem a garantia dos "direitos políticos".

"Por que ter mágoa de alguém que nunca me causou nenhum dano material? Acho que fizemos um projeto juntos, para um país diferente e reformista, com uma economia pujante, com a diminuição do Estado ocioso e perdulário. Mas, infelizmente, houve um descaminho na administração do país [...] Mas isso não significa que a gente tenha mágoa um do outro. Eu não tenho mágoa. Eu tenho uma neta de 17 anos. Como hoje posso correr o risco de ver garotas como a minha neta passarem 30 anos sem seus direitos políticos?", questiona.

LARANJAL

Perguntado sobre as denúncias de candidaturas femininas laranjas no partido em 2018, Bivar diz que existem "distorções" e relacionou a baixa votação de mulheres nos pleitos como resulto do "machismo".

"Acontecem distorções. Nesta última eleição municipal, mais de três mil mulheres tiveram entre um e zero votos. Isso é uma coisa inadmissível. Com relação à participação, você tem de incentivar as mulheres? Tem sim. Mas neste momento você tem a legislação correndo de acordo com as demandas. Tem de combater o machismo primeiro", justificou.

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