Em entrevista realizada na Rádio Sociedade, na manhã desta quinta-feira (26), e no programa Balanço Geral, da Record Bahia, Nilo reforçou a crítica contra Silva que, de acordo com o presidente, "está ressentido (referindo-se ao sub-tenente Evaldo Silva). A verdade é que ele só queria viajar pelo interior ao invés de cumprir o trabalho dele na Alba. Aí devolvi para o Comando Militar", explicou Nilo, informando que Silva pediu para ficar. "Ele fazia política, planfetagem. Não sou contra, acho até normal, mas tem que cumprir o papel. Ele estava fazendo corpo mole, sem querer trabalhar", ressaltou o presidente, que disse ter devolvido Silva há 10 dias. De acordo com Nilo, "militares são para segurança do presidente e da presidência", explicou, negando ter a quantidade de seguranças citadas pelo denunciante. "Nove não. De jeito nenhum. Eles trabalham de plantão. Não sei quantos são. E não posso andar sem segurança. Eu sou obrigado a andar com segurança", afirmou. Ainda se defendendo das acusações, Nilo ressaltou que "renuncio meu cargo se alguém provar que utilizei policiais para protegerem minha casa", referindo-se à denúncia de uso de PMs na segurança da casa dele em Guarajuba, também apontada pelo sub-tenente.
Na manhã de hoje, além das fotos, chegaram também à redação do Bocão News documentos que atestam a ausência do trabalho sem justificativa por parte de Evaldo das atividades que deveriam ser realizados na escala da Alba. Todos os registros são de 2009 e constam nos autos da Assembleia. Já em algumas fotos é possível ver Evaldo ao lado do deputado estadual Capital tadeu (PSB), o que, para Nilo, reforça a relação entre os dois e o ato dito por ele de "politicagem e planfetagem".
VEJA AS FOTOS:
DOCUMENTOS QUE CONSTAM A AUSÊNCIA DE EVALDO SILVA
PM se defende
Em contato com a redação do Bocão News, o sub-tenente rebateu as acusações. "Nilo insiste que a discussão é pólítica, mas não é. Fiz viagens sim e todas em minha folga. Todas, inclusive, em prol da categoria", afirmou o PM que também é coordenador da Ong Observatório da Cidadania, projeto idealizado pelo Capitão Tadeu. Já sobre os documentos que apontam ausência de Silva sem justificar - sendo o registro feito em três oportunidades, o PM indaga: "Se não justifiquei por quê não fui punido na época? Na polícia não existe falta injustificável. Ou o policial justifica ou é punido. Por quê só mostraram isso agora? Ou alguém errou ou inventaram este documento", afirmou.
Capitão Tadeu x Nilo: após denúncia do Bocão, relação estremece e atormenta Alba
Desde que o site
Bocão News divulgou, com exclusividade, a
denúncia sobre um suposto desvio de funções que ocorre na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a origem das discussões que trouxeram à tona as acusações fica ainda mais evidente. Isso porque, a denúncia foi feita pelo sub-tenente Evaldo Silva, que no último dia 26, trouxe à redação do
Bocão News documentos que revelam uma ação praticada por polciiais militares que deveriam prestar serviços à Alba, mas que exercem outra função, cujo custo da atividade é pago com dinheiro público. Entre estas funções exercidas pelos PMs estão as de secretários de gabinetes, motoristas e seguranças particulares.
O sub-tenente que fez as denúncias é o coordenador da Ong Observatório de Cidadania, instituição idealizada pelo deputado estadual Capital Tadeu (PSB). Por ser um representante da categoria, quando foi formada a Comissão de modernização da PM na Bahia, em junho deste ano, o próprio presidente indicou Tadeu para representar a Alba. A comissão é um grupo de trabalho que realiza estudos e apresenta propostas para a reestruturação da Polícia Militar. Os membros foram empossados por Jaques Wagner, governador do estado, em cerimônia realizada na Governadoria. O coordenador do grupo é Secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, que tem o apoio do coronel Carlos Sebastião Eleutério, da Polícia Militar; de Clarissa Costa de Almeida, da Casa Civil; de Adriano Tadeu Oliveira, da Secretaria de Administração; além da procuradora Maria do Carmo Freaza, da Procuradoria Geral do Estado; e representantes da Assembleia Legislativa da Bahia.
Porém, após o
Bocão News estourar as denúncias, Capitão Tadeu foi afastado do grupo de trabalho da comissão. O deputado confessou ao jornal Tribuna da Bahia surpresa com a suposta reação do pedetista, contudo destacou que o distanciamento do GT não irá atrapalhar o seu trabalho. “Estamos unidos desde maio discutindo vírgula por vírgula a atuação da PM. Vou continuar participando dos debates, apenas não vou assinar as atas”, afirmou. Diante da represália, as associações reunidas ameaçaram sair do grupo até que o parlamentar seja reabsolvido ao posto. O socialista, pré-candidato a uma vaga para a Câmara Federal, e o vereador Prisco (PSDB), com postulação para a Assembleia, estariam unidos às bandeiras dessas entidades para evitar incorreções na atividade dos policiais.
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Publicada no dia 26 de setembro de 2013, às 14h52