Política

Após ser alvo de gordofobia, Sâmia Bomfim vai denunciar caso à PGR

Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados
Fala de deputado Coronel Zucco contra Sâmia Bonfim aconteceu na CPI do MST  |   Bnews - Divulgação Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados

Publicado em 04/08/2023, às 14h51   Cadastrado por Bernardo Rego


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Após ser vítima de grodofobia durante sessão da CPI do MST, a deputada Sâmia Bonfim (Psol - SP), disse que vai denunciar o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). O presdiente da CPI, Coronel Zucco (Republicanos-RS), perguntou se a parlamentar queria “um hambúrguer” para se acalmar.

Ao ouvir as palavras do presidente da CPI, a deputada rebateu e disse que Zucco é alvo da PGR em um inquérito que apura as agressões dele contra as parlamentares mulheres que integram a comissão e afirmou que vai recorrer à Procuradoria sempre que for necessário, porque “é o nosso instrumento de defesa, mas também de ataque para aqueles que acham que vamos nos intimidar”, argumentou.

Sâmia classificou a ofensa como "violência de gênero" e afirmou que, esse tipo de preconceito, é repetido diariamente por homens nos corredores da Câmara dos Deputados e nas redes sociais. “Eu já tinha visto esse tipo de ironia nas redes sociais, por parte do relator da CPI, Ricardo Salles, mas nunca vindo do Zucco. Ele já havia me silenciado, cortado meu microfone, mas nunca agido desta forma tão truculenta, publicamente”, detalhou a deputada ao O Globo . “Eu denuncio e seguirei denunciando sempre que houver violência política de gênero”, concluiu.

Em nota divulgada à imprensa, Zucco afirmou que agiu por impulso. "Logo em seguida, me retratei e pedi a retirada da expressão das notas taquigráficas por entender que o respeito deve imperar em qualquer relação. Mas este mesmo respeito deve ser recíproco e universal", pontuou.

Confira a nota na íntegra divulgada pelo deputado:

"Desde o início dos trabalhos desta CPI tenho sido alvo de ataques e ofensas de baixo nível por parte da base governista. Uma parlamentar em especial tem se notabilizado nessa estratégia: Sâmia Bomfim. Suas colegas de partido Talíria Petrone e Fernanda Melchiona também desempenham papel de destaque neste esforço de interromper os trabalhos, de fazer provocações baixas e desrespeitosas com seus colegas para, no final, posarem de vítimas das apenas pelo fato de serem mulheres.

Foram várias as oportunidades em que estas parlamentares fizeram ataques pessoais a mim, enquanto presidente, ao relator e aos membros do colegiado. E, frequentemente, fazem isso com os microfones desligados, mas alto o suficiente para ser testemunhado por todos os presentes e, em especial, pelo alvo de suas provocações. Mas para tudo há um limite. Usar a condição de saúde do meu irmão para me atingir é uma provocação baixa e sem escrúpulos. Reagi por impulso. Logo em seguida, me retratei e pedi a retirada da expressão das notas taquigráficas por entender que o respeito deve imperar em qualquer relação. Mas este mesmo respeito deve ser recíproco e universal.

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