Política

Em depoimento, Bolsonaro diz ter postado vídeo dos atos golpistas “sem querer”

Alan Santos/PR
A defesa do ex-presidente ainda negou que disse que Carlos Bolsonaro tenha feito a publicação no lugar do pai  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 26/04/2023, às 13h18


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Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (26) por um suposto envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. No testemunho de quase 2 horas, o ex-presidente disse que estava sob efeitos de remédios no dia em que postou um vídeo depois dos atos golpistas em Brasília por conta de uma internação nos Estados Unidos. 

De acordo com os advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser e seu assessor Fábio Wajgarten, Bolsonaro queria enviar o vídeo para si mesmo no WhatsApp para assistir depois. Porém, ele acabou compartilhando as imagens no Facebook. 

"Este vídeo foi postado na página do presidente no Facebook quando ele tentava transmiti-lo para seu arquivo de Whatsapp para assistir posteriormente. Por acaso, justamente neste período o presidente estava internado num hospital em Orlando justamente no período do dia 8 ao 10 (de janeiro) (...) Essa postagem foi feita de forma equivocada tanto que pouco tempo depois, 2 a 3 horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem", disse Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro 

A defesa de Bolsonaro ainda negou que Carlos Bolsonaro tenha postado o vídeo e garantiu que foi o ex-presidente que fez a postagem e depois apagou. 

"Em nenhum momento, o presidente Bolsonaro fez qualquer juízo de valor quanto ao conteúdo do vídeo. E o presidente reiterou no depoimento de hoje, recriminou, todo e qualquer ato antidemocrático que visa gerar instabilidade na ordem democrática e isso está consignado no depoimento de hoje", disse Wajgarten.

Bolsonaro passou a ser investigado depois da postagem. No vídeo, publicado no dia 10 de janeiro deste ano, o ex-presidente aparece dizendo que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito, mas foi escolhido pelo serviço eleitoral com ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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