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Em meio a julgamento, Bolsonaro diz que “não é justo” acusá-lo de ataque à democracia

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O ex-presidente ainda evitou falar que seria seu sucessor caso fique inelegível  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 26/06/2023, às 14h00



Alvo de um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torná-lo inelegível por oito anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (26) que “não é justo” afirmar que ele atacou a democracia durante uma reunião com embaixadores em Brasília para deslegitimar o processo eleitoral brasileiro.

Bolsonaro revelou ainda que espera ter um julgamento justo no TSE, que será retomado nesta terça-feira (27). Além disso, o ex-presidente pelo mesmo tratamento dado pela Corte ao absolveu a chapa Dilma-Temer em 2017.

“É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar ‘atacou a democracia’. Aperfeiçoamento, colocar camadas de proteção, isso é bom para a democracia. O que não acho justo é um advogado nosso, depois das eleições, peticionar o TSE, poucas horas depois essa petição ser arquivada e ele levar uma multa de R$ 22 milhões”, disse Bolsonaro após uma reunião a portas fechadas com parlamentares do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

“ A tese do meu advogado foi que caberia multa, e eu já fui multado em 20 mil reais naquela reunião com embaixadores. O que não podemos aceitar passivamente que possíveis críticas e sugestões de aperfeiçoamento sejam tidas como ataque à democracia”, acrescentou.

Bolsonaro preferiu não falar sobre comentar sobre a possibilidade de ficar inelegível nem sobre quem seria o seu sucessor como candidato do bolsonarismo em 2026.

“Ninguém é insubstituível. O que acontece no momento é que tem muita gente aqui, muito mais competente do que eu, mas não tem o conhecimento nacional que eu tenho. E eu consegui o carinho de uma parte considerável da população”, declarou.

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