Política

Luiz Carlos sai em defesa de Bruno Reis e rebate críticas de vereadores sobre a capoeira nas escolas

Reprodução / YouTube
O prefeito havia sido criticado por ter jogado capoeira após vetar o projeto que previa incluir a modalidade nas escolas da capital baiana  |   Bnews - Divulgação Reprodução / YouTube
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 08/08/2023, às 12h59


FacebookTwitterWhatsApp

O secretário de Infraestrutura e Obras Públicas de Salvador (Seinfra), Luiz Carlos, saiu em defesa do prefeito Bruno Reis (UB), que foi criticado pelo veto ao projeto de autoria do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), que pretendia inserir a capoeira.

Na última sexta-feira (4), durante a assinatura da ordem de serviço para a construção da Arena da Capoeira, na Praça das Mãozinhas, no bairro do Comércio, o prefeito aproveito para jogar capoeira com parte dos presentes. Horas depois, o vereador Silvio Humberto (PSB) criticou a postura de Bruno Reis pela atitude, após ter vetado o projeto. Quem também criticou o gestor municipal foi Vasconcelos, que definiu o veto como "absurdo”.

Em entrevista no programa BNews Entrevista, na BNewsTV, Luiz Carlos rebateu as críticas dos vereadores e disse que o veto ocorreu pela “inconstitucionalidade” do projeto apresentado por Vasconcelos.

"[As críticas] não têm nenhum fundamento. Primeiro que Bruno é capoeirista. Hoje ele é prefeito, mas ele se criou na comunidade fazendo capoeira, jogando futebol. Então, quando o prefeito joga futebol, é porque ele sempre jogou. E quando ele joga capoeira é por que ele sempre jogou. E, agora que ele é prefeito, não pode mais fazer isso?", disse o secretário.

"O veto foi feito por uma inconstitucionalidade ao projeto. Segundo, a capoeira nas escolas em Salvador existe. Ela começou em 2020, a partir de um projeto aprovado na Câmara [Municipal de Salvador], de autoria deste vereador, que a Lei 9072, que reconhece a capoeira como elemento cultural, esportivo e educacional. Por que reconhece e não obriga ter a capoeira nas escolas? Porque é inconstitucional. O Legislativo não pode onerar o Executivo”, acrescentou.

O secretário disse ainda ter alertado o vereador Augusto Vasconcelos sobre o possível veto. "Eu disse isso pra ele: 'Augusto, o projeto como tá não vai passar, porque é inconstitucional' e ele disse: 'não, eu quero que vote assim mesmo'", emendou.

Ainda de acordo com o titular da Seinfra, a capoeira teve que sair da grade curricular por conta da pandemia da Covid-19, mas que o prefeito Bruno Reis já determinou que a Secretaria Municipal da Educação, com a Fundação Gregório de Matos, providenciasse o retorno da modalidade para a grade curricular, ocorrendo no turno oposto aos das aulas.

"No governo do Estado não tem, de forma nenhuma, nas escolas. Se é uma receita que serve para um, por que não serve para o outro?", questionou Luiz Carlos. "Foi uma crítica meramente política", emendou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp