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Pacheco diz que atos golpistas devem sofrer rigor da lei, e Dino diz que invasores não vão prevalecer

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Golpistas invadiram as sedes dos Três Poderes e deixaram um rastro de destruição  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Agência Brasil
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por Folhapress

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Publicado em 08/01/2023, às 16h43



O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que está em contato com o Governo do Distrito Federal e disse ter sido informado que todo o aparato policial está sendo usado para controlar os manifestantes golpistas que invadiram a área do Congresso neste domingo (8).

Ele afirmou que os atos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) devem sofrer o rigor da lei. "Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação", afirmou Pacheco em rede social.

"Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência", complementou.

Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, afirmou que também está em contato com Pacheco e pediu união aos democratas. Segundo ele, o Congresso está agora sendo atacado pelo que chamou de terroristas. "Os criminosos antidemocratas não podem andar livremente, não há o que tolerar com os intolerantes. Esperamos a dura aplicação da lei a todos os envolvidos nessas ações", disse Rodrigues.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula (PT), afirmou que "essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer". "O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça", disse.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, responsabilizou o Governo do Distrito Federal pelo ocorrido. "Governo do DF foi irresponsável frente à invasão de Brasília e do Congresso Nacional. É um crime anunciado contra a democracia, contra a vontade das urnas e por outros interesses. Governador e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que acontecer", disse em rede social.

O ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro Ciro Nogueira enviou um recado de moderação. "Peço a todos equilíbrio e sensatez. A democracia se fortalece no contraditório e no respeito às diferenças", afirmou em rede social.

Fracasso em desmobilização

O governo federal tem fracassado na tentativa de desmobilizar os acampamentos montados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.
Manifestantes se mobilizam em frente a prédios militares desde a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem um golpe contra o petista.

Na última quarta-feira (4), o ministro da Justiça, Flávio Dino, havia afirmado que "até sexta-feira", 6 de janeiro, as mobilizações antidemocráticas seriam resolvidas.

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