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"Se continuar assim, vamos fazer oposição ao candidato de Neto", ameaça líder do MBL Bahia

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Grupo tem desferido críticas cada vez mais pesadas contra o prefeito soteropolitano  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 06/04/2019, às 15h24   Henrique Brinco


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O líder do MBL Bahia, Siqueira Costa Júnior, afirmou ao BNews que o grupo manterá uma postura independente em relação a Prefeitura de Salvador. O baiano, no entanto, alerta que os ativistas podem declarar oposição ao pré-candidato apoiado por ACM Neto (DEM) no pleito de 2020 - que provavelmente será o vice-prefeito Bruno Reis (DEM) - caso a gestão municipal continue boicotando o vereador Cézar Leite (PSDB).

O MBL tem desferido críticas cada vez mais pesadas contra o prefeito soteropolitano. A última delas se deu após o rebaixamento do inspetor da Guarda Municipal, João Neto, também integrante do movimento. O grupo avalia que a mudança foi uma retaliação contra a postura independente de Cézar Leite - que, em tese, deveria ser da base do democrata.

"Nós não temos vínculo nenhum com a prefeitura. E se continuar assim, vamos fazer oposição ao futuro candidato de Neto a Prefeitura. Se ele continuar com essa política de perseguição e de não aceitar críticas, seremos oposição sim contra ACM Neto. Vamos levantar a terceira via na candidatura a Prefeitura e conversar com João Gualberto [presidente do PSDB na Bahia] para ser candidato a Prefeito de Salvador. Não vamos nos abaixar para Neto, não. Não dá para trabalhar com uma pessoa que não é esquerda e nem direita, que não tem ideologia política", ameaça Siqueira.

O líder afirma ainda que Cézar Leite tem sofrido diversas retaliações do Palácio Thomé de Souza. "A perseguição com Cézar se dá com as emendas parlamentares, que não são liberadas. Para você ter ideia, Cézar inaugurou um centro odontológico lá na UFBA que foi feito com dinheiro privado, financiado por empresários. Ele solicitou dinheiro à Prefeitura e o valor não foi liberado. A quadra de futebol para cegos, que tem emenda desde 2017, ainda não foi concluída. Ou seja, tudo o que Cézar pede na prefeitura é boicotado", revela.

"A gente se manteve um tempo calado, porque não queríamos fazer o confronto. Mas a situação chegou ao ápice da coisa. Chegou ao ponto que não podemos ficar mais calados. A gente segura as coisas, sabemos que a política é assim, mas chegou ao ponto que vamos ser independentes e marchar independentes", completa.

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