Salvador

Contrariando Rui Costa, Bruno Reis volta a defender realização do carnaval em 2022

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Gestor municipal afirmou que os índices de vacinação contra a Covid-19 registrados na cidade permitem a realização da festa no ano que vem  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 10/11/2021, às 13h38   Diego Vieira e Nilson Marinho


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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), voltou a defender a realização do Carnaval em 2022. Durante o lançamento do Festival Donas do Sabor, nesta quarta-feira (10), o gestor municipal afirmou que os índices de vacinação contra a Covid-19 registrados na cidade permitem a realização da festa no ano que vem.

“Acho que podemos com segurança, cumprindo protocolos, entendendo que a pandemia ainda está ai. Salvador é capital nacional em vacinação. É a cidade mais eficiente”, disse.

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De acordo com Reis, a capital baiana atingiu a marca de 99% do público-alvo vacinado pelo menos com a primeira dose do imunizante, enquanto 80% já completaram a imunização com a segunda dose. Além disso, mais de 215 mil soteropolitanos também tomaram a dose de reforço.

“Tudo isso nos dá condições de retornarmos a nossa normalidade e compreendendo a importância desse segmento para a nossa economia e para a geração de milhares de empregos. Estou extremamente preocupado com os efeitos colaterais da pandemia”, afirmou o prefeito.

As afirmações do prefeito são contrárias as opiniões do governador da Bahia, Rui Costa (PT), que tem pregado cautela e paciência para decidir sobre o futuro do carnaval. Nesta quarta, Rui disparou contra as recomendações da Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada dos Eventos da Câmara Municipal de Salvador que aprovou, na última segunda-feira (8), um relatório com os principais pontos abordados nas duas audiências públicas efetuadas para discutir a retomada dos eventos e a realização do Carnaval 2022 em Salvador.

"Não aceito ultimato de ninguém quando se trata de ser humano. Não aceito e não aceitarei ultimato de ninguém. Reconheço a legitimidade de quem é investidor, de quem tem no Carnaval sua atividade econômica, faz parte da atividade econômica da Bahia, gera emrpego e renda. Por outro lado tenho 15 milhões de pessoas que tenho que cuidar da saúde", afirmou, durante entrega da reforma do Hospital Ana Nery, na capital baiana.

Nesta terça (9), o chefe do Palácio Thomé de Souza já havia defendido que seja selado um acordo, nem que para isso seja imposta uma condição epidemiológica para que a festa aconteça, mas que é preciso ter a palavra final quanto antes.

"Fatalmente temos que tomar essa decisão agora, neste mês, para dar tempo de organizar. Tem que ser uma decisão condicionada, se lá na frente ver que temos números com condição, vamos ter Carnaval. Se não, não vai ter. Mas tem que ser feita alguma coisa. A inércia representa que não vai ter Carnaval", criticou Bruno, ao ser perguntado sobre a pesquisa recente do portal R7 que mostrou que 60% da população é contra a folia na capital baiana em 2022.

Bruno Reis também afirmou que o atual cenário da pandemia na capital baiana permite pensar na possibilidade de realização da Lavagem do Bonfim, tradicionalmente festejada em janeiro na capital baiana. 

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