Salvador

Dirigente do Sindicato dos Rodoviários diz que categoria pode fazer greve de uma semana caso negociações não avancem

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Em entrevista ao BNews, Fábio Primo voltou a cobrar celeridade quanto às reivindicações dos trabalhadores  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 22/05/2022, às 09h01   Yasmin Barreto e Daniel Brito


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A capital baiana pode ficar uma semana sem ônibus caso as negociações com os empresários não avancem. O alerta foi dado neste domingo (22) pelo vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, em meio à paralisação de 24 horas que atinge a cidade.

"Se for para tentar enrolar os rodoviários, vai cair enrolando na cidade. O baque é muito grande. Ou eles [empresários] negociam de fato ou vamos parar por tempo indeterminado. Temos estratégia até para uma greve de uma semana, mas não é o que queremos", alertou, em entrevista ao BNews.

Ele afirmou que os empresários do sistema de transporte por ônibus de Salvador só chamaram a categoria para "tomar cafézinho e água", em um sinal claro de que as negociações para o reajuste salarial não têm avançado.

"A gente precisa resolver os problemas e não é de apenas 800 trabalhadores [da CSN] que estão sem trabalhar, mas também de quase 3 mil, que é o número geral, entre a Plataforma e a OT Trans. Nosso desejo não é de não fazer greve e esperamos também que os empresários nos chamem, mas com uma proposta. Se for para tomar cafézinho e água, a gente faz isso na porta das garagens com os trabalhadores", disparou.

Os ônibus não saíram das garagens, nem mesmo os micro-ônibus do Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) anunciados pela prefeitura.

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O dirigente endossou a fala do vereador e integrante do sindicato, Tiago Ferreira, de que a prefeitura não disponibilizou os veículos. 

"Faltaram com a verdade, a prefeitura e a secretaria [de mobilidade] em dizerem isso à população, até porque já tínhamos avisado com uma antecedência de 48 horas que não haveria ônibus nem do sistema Integra, nem do sistema complementar", acrescentou.

Primo reiterou que a paralisação foi realizada em um domingo com o objetivo de reduzir os danos do movimento caso ele fosse realizado em um dia útil. Ele disse também que esta semana é uma "semana chave para a categoria e também para a cidade", ao citar os próximos passos da mobilização.

O representante sindical cobrou também, além da prefeitura, o governo estadual sobre a redução do ICMS para o combustível utilizado nos ônibus. "A cidade não aguenta um reajuste de tarifa com esse sistema de transporte precário e sucateado. Pedimos também ao governo do estado sobre a questão do ICMS. Nós estamos brigando pelo não reajuste da tarifa da população", disse.

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