'Foi falta de manutenção', diz vice-presidente do CREA-BA sobre desabamento do teto da 'igreja de ouro'

O vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA), André Tavares, concedeu entrevista ao programa Se7e da Matina, da BNews TV, na manhã desta quinta-feira (6), sobre o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Centro Histórico de Salvador, que deixou uma pessoa morta e outras cinco feridas na tarde de quarta (5).

Segundo Tavares, uma equipe de fiscalização foi acionada imediatamente para o local do acidente e constatou que não existia nenhuma atividade de engenharia ou obra na igreja que fosse de competência do CREA.

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"Essa é a função do CREA. Qualquer obra, qualquer serviço em andamento, a gente fiscaliza se existe um responsável técnico pelo empreendimento. Se tiver um profissional técnico no local, subentende-se que aquele serviço vai ser executado da maneira correta", disse.

André reforçou a importância de que todos os empreendimentos da cidade estejam atentos para a realização de inspeções periódicas para analisar a saúde das edificações.

"É notório, diante de tantos relatos, que um dos fatores pré-ponderantes para o acontecimento foi a falta de manutenção. O gestor condominial tem que estar atento a isso, contratando profissionais com expertise no assunto para tomar medidas saneadoras e resolver esses problemas", finalizou.

Visita técnica

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), informou que uma visita técnica à Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador (BA), estava agendada para esta quinta-feira (6).

O desabamento de parte do teto da igreja, conhecida como "igreja de ouro", aconteceu na tarde desta quarta-feira (5), resultando na morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, e deixando outras cinco pessoas feridas.

Segundo o órgão federal, o objetivo da inspeção era avaliar uma dilatação no forro do teto do templo, conforme pedido protocolado na segunda-feira (3). O Iphan destacou que, no momento da solicitação, não havia indicação de risco emergencial nem comunicação de alerta por parte da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros ou de outros órgãos competentes.