Saúde

No Brasil, taxa de infecções hospitalares atinge 14% das internações

Elza Fiúza/Agência Brasil
Simples ato dos profissionais de lavarem as mãos evita infecções  |   Bnews - Divulgação Elza Fiúza/Agência Brasil

Publicado em 03/05/2022, às 15h06   Redação Bnews


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No Brasil, o Ministério da Saúde estima que a taxa de infecções hospitalares chegue a 14% das internações, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de até 5%. Diante do desafio de reduzir e evitar as chamadas infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS), a higiene das mãos continua sendo uma das mais eficientes e baratas ações, mas que ainda precisa de atenção para a forma correta. O assunto volta à pauta pela proximidade do Dia Mundial de Higiene de Mãos e do Dia Nacional de Combate às Infecções Hospitalares - 5 e 15 de maio, respectivamente.

“E a principal ação de prevenção e controle é a higienização constante e correta das mãos, que pode ser com água e sabão ou álcool em gel a 70%. Isso vale tanto para os profissionais envolvidos no ambiente hospitalar quanto para acompanhantes e visitas”, reforça a enfermeira Ana Paula Laranjeira Fernandes.

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Outros fatores citados pela gerente como importantes na prevenção ao problema é a higienização dos ambientes onde estão os pacientes, dos leitos, isolar aqueles que já estão contaminados e a aplicação de protocolos de prevenção.

A especialista também cita como medidas essenciais ao combate às bactérias a adoção de um protocolo, o que inclui a higienização dos ambientes, leitos e superfícies, e a aplicação de medidas de prevenção. Isso vale tanto para unidades hospitalares, como na atenção primária à saúde ou ambulatorial, nos estabelecimentos que prestam assistência a pacientes crônicos ou na assistência domiciliar, ou seja, onde houver prestação de assistência a pacientes.

“Entre os maiores desafios das instituições de saúde, de um modo geral, está a adesão dos profissionais a todas as etapas da higiene de mãos”, reforça a enfermeira Ana Paula Laranjeira Fernandes, destacando a importância das campanhas de conscientização, que ganham força no mês de maio, mas precisam ser desenvolvidas durante todo o ano. 

“Para salvar vidas, conto com suas mãos”

Responsável pelo Setor de Controle de Infecção Ambulatorial (SCIA) da Clínica AMO, Ana Paula ressalta a campanha lúdica lançada este ano para envolver toda a equipe assistencial e reforçar a importância da higiene de mãos na prevenção de doenças e na disseminação de infecções. A ação chama a atenção para a importância das mãos, que significam cuidado e afeto, mas também podem ser importante veículo de transmissão de doenças.

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As infecções são provocadas por micro-organismos que se aproveitam de fragilidades no sistema imunológico de quem está em tratamento hospitalar. Entre os tipos mais comuns estão as infecções urinária e na corrente sanguínea associadas ao uso de cateter e a pneumonia associada à ventilação mecânica, segundo o Ministério da Saúde.

Um estudo da Organização Mundial de Saúde demonstrou que a maior prevalência ocorre em unidades de terapia intensiva, em enfermarias cirúrgicas e alas de ortopedia.

As ações de controle de infecção hospitalar em escala nacional são coordenadas pela Anvisa. Os hospitais, tanto da rede pública quanto privada, precisam notificar a agência sobre os casos e estados e municípios desenvolver ações de prevenção e controle. A agência é responsável pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde.

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