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Turismo nacional cresceu cerca de 17,8% em fevereiro em ralação ao mesmo período do ano passado

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O setor de Turismo faturou cerca de R$ 13,2 bilhões a mais em relação ao ano passado  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Rudy and Peter Skitterians - Pixabay

Publicado em 26/04/2022, às 14h24 - Atualizado às 15h28   Redação BNews


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A receita do turismo nacional cresceu 17,8% em fevereiro se comparado ao mesmo período de 2021. No total, o setor faturou R$ 13,2 bilhões. Essa diferença tem se mantido positiva durante onze meses. No entanto, em relação ao segundo mês de 2020, o saldo ainda é negativo, cerca de 15,7%: uma queda de R$ 2,5 bilhões em reais em termos monetários.

Os números são de um estudo realizado pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as categorias, o destaque deste mês foi o transporte aéreo, que registrou crescimento anual de 53,1%, com receita de R$ 3,6 bilhões. Os números positivos podem ser explicados por um retorno ao "normal" após um alto número de casos da variante ômícron. Além disso, muitas famílias também aproveitaram os últimos dias do mês, às portas do Carnaval, para viajar. No entanto, apesar de uma forte recuperação, o nível de renda ainda está 22,7% abaixo do período pré-pandemia.

O grupo de hospedagem e alimentação faturou R$ 3,9 bilhões, uma taxa de crescimento anual de 13,4% - 22% inferior a fevereiro do ano passado. A taxa de hospedagem hoteleira aumentou 53,3% no mês, na comparação anual, segundo dados do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). A receita por quarto disponível (RevPAR) aumentou 86,6%, embora esteja num patamar inferior a 2019.

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Os transportes terrestres – incluindo os ônibus intermunicipais, interestaduais e internacionais, para além de trens turísticos e similiares – registaram um aumento de 7,9% no contraponto anual. A taxa atual de R$ 2,3 bilhões está próxima daquela observada no período pré-pandemia (embora 0,6% menor). Com o claro aumento das passagens aéreas em março, a expectativa é de que o grupo cresça significativamente.

Inflação e juros dificultam retomada

Embora algumas pessoas tenham deixado de viajar durante a pandemia e economizaram para fazê-lo em um momento mais propício – o que gerou uma demanda reprimida que deve manter o setor aquecido ao longo do ano –, a inflação tem limitado os gastos, até mesmo com os bens de consumo essenciais. Além disso, os juros são outro desafio. Algumas famílias optam pelo pagamento parcelado, e os juros se acumulam no valor final, dificultando a aquisição de serviços ligados ao Turismo.

Para a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, os dados positivos apresentados nos últimos onze meses são uma excelente notícia, pois sinalizam que, em breve, o setor pode voltar a gerar empregos. Entretanto, ainda serão necessários meses para a retomada do mesmo volume de recursos gastos no Turismo em 2019 e 2014, os dois melhores anos da década passada para a área.

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