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Vinte e nove militares já foram punidos no Ceará por participação no motim de 2020

Mais de 300 militares continuam respondendo a processos administrativos sobre o motim  |  Reprodução/ PM-CE

Publicado em 06/04/2022, às 12h14   Reprodução/ PM-CE   Redação

Como consequência da participação no motim de fevereiro de 2020, no Ceará, 15 policiais militares foram exonerados da corporação, 14 punidos com sanções disciplinares e mais de 300 continuam respondendo a processos administrativos, em fase de instrução processual. Esses foram os dados divulgados pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).

De acordo com o jornal O Povo, o motim 2020 é alvo de investigação da Assembleia Legislativa do Ceará, pela CPI das Associações Militares. O motivo é a suspeita de um eventual financiamento da greve por parte de associações de segurança.

Para esclarecer as movimentações bancárias da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), o colegiado recebeu o presidente da entidade, policial Cleyber Barbosa Araújo, nesta terça-feira (5). “Os valores são para custear as despesas operacionais da associação”, disse Cleyber ao ser questionado, pelo relator da Comissão, deputado Elmano de Freitas (PT), sobre os extratos bancários, dos últimos cinco anos, cuja movimentação perfaz um montante de R$ 2,3 milhões.

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Desde janeiro desse ano policiais têm recebido sanções pelo motim de 2020. Nesse mês, oito militares foram excluídos da corporação. Desses, sete foram expulsos e um demitido. Segundo a CGD a sanção de expulsão é prevista somente no Código Disciplinar dos Militares, mas ambas são exclusórias sendo que a demissão acontece quando o policial cometer transgressão de natureza grave e for considerado incompatível com a carreira militar, podendo ser oficial ou praça. Já a sanção de expulsão é aplicada ao praça que atentar contra a segurança das instituições nacionais ou praticar atos desonrosos ou ofensivos ao decoro profissional.

 De acordo com a Controladoria, a primeira demissão por participação no movimento foi publicada em junho do ano passado. “Todos os processos administrativos seguem os preceitos da ampla defesa e do contraditório", afirma. O órgão ressalta ainda que as investigações permanecem em curso e podem resultar em novos processos disciplinares. Alguns militares ainda podem recorrer das decisões.

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