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Com ansiedade e violência em alta, universidades apostam em cães para aliviar estresse

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No Chile, universidades apostam em cães para reduzir onda de ansiedade  |   Bnews - Divulgação Foto Ilustrativa/Pixabay

Publicado em 19/05/2022, às 08h30   Redação BNews


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A volta às aulas não tem sido tão tranquila como o esperado no Chile. Algumas universidades do país precisaram da ajuda de cães para aliviar o estresse dos estudantes. Em um dos campi da Universidade Católica (UC), três doguinhos fazem parte do grupo de 10 cães da Fundación Tregua, que desempenham funções parecidas em hospitais pediátricos, fundações para crianças com deficiência e casas de repouso.

Os peludos, que ficam na "Zona livre de estresse e ansiedade" da universidade, são: Uva, um labrador fêmea de sete anos, Pepe, um golden da mesma idade, e Chumi, uma vira-lata. Eles deixam que os estudantes os acariciem e brinquem com eles. Os alunos, por sua vez, afirmam que o simples fato de estar com os animais já reduz o estresse da volta às aulas. 

"Os cães gostam desse trabalho. Eles são criados para gostar muito do contato com pessoas", afirmou a diretora da Tregua, Camila Arteaga.

"O retorno tem sido difícil para todos. Temos uma geração que está começando a descobrir o que é ir para a universidade, e isso traz certos momentos de ansiedade", explicou Ignacia Pfingsthorn, do Programa de Ansiedade, Estresse e Sono da UC ao AFP. 

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Violência no Chile

A onda crescente de ansiedade e violência entre os chilenos vai além da chegada dos calouros. Vale lembrar que em 2019 iniciou-se uma onda de protestos, que não tinha uma lista precisa de demandas, mas sim um descontentamento geral ao um sistema econômico neoliberal que o país adota. As manifestações intensas precisaram ser interrompidas em março de 2020 por causa da pandemia da Covid-19. Com a volta às aulas, deu para perceber que a sociedade chilena ainda não se recuperou do período conturbado vivido. 

A Superintendência de Educação pontuou que os casos de abuso físico e emocional aumentaram 22% em relação aos níveis pré-pandemia. "Há um estado psicológico bastante desequilibrado no país", alertou a psicóloga e diretora do Programa de Convivência Escolar da Universidade Católica, Isidora Mena.

Os casos de violência que aconteceram entre os alunos do ensino médio, professores e até pais só apontam o clima tenso que paira sobre o país. Conforme o AFP, no dia 7 de abril, um estudante do ensino médio, em Santa Cruz, se suicidou no pátio da escola após denunciar bullying. Após uma semana, um professor foi esfaqueado pela mãe de um aluno.

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