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Seu pet soltou um pum? Especialista explica quando o processo pode ser considerado normal

Reprodução/Cachorro de raça
Assim como nós humanos , os animais também soltam pum, flatos, ou peidos, sem cheiro ou aquelas bombas silenciosas e mortais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Cachorro de raça

Publicado em 22/03/2022, às 11h37 - Atualizado às 12h00   Redação


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Você está brincando com seu gato ou cachorro, e então, sobe aquele cheirinho nada agradável. Todos se entreolham. O gato faz cara de deboche, como quem diz: “Soltei mesmo, Karen”. Já o cachorrinho, não consegue esconder a cara de culpa no cartório, como se estivesse falando: “Desculpa, Marcia”.

Assim como nós humanos , os animais também soltam pum, flatos, ou peidos, sem cheiro ou aquelas bombas silenciosas e mortais. A boa notícia é que esse é um comportamento natural do organismo do animal. Porém, apesar disso, alguns fatores devem ser levados em conta.

Segundo a médica-veterinária e especialista em Medicina Nutracêutica em cães, Beatriz Mendonça, os gases liberados pelos animais é um processo fisiológico que ocorre no trato digestório, onde também gases podem ficar acumulados. "O acúmulo excessivo de gás/ar gera a flatulência, o famoso ’pum’, que são expelidos pelo ânus. Os gases são ingeridos junto com a comida, ou podem ter origem no próprio intestino, como resultado do processo do alimento ser digerido/fermentado no cólon por bactérias intestinais", explica a médica.

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Beatriz salienta que deve-se investigar quando isso ocorre com grande frequência. "É indicado que o cãozinho passe pela avaliação do médico veterinário de confiança da família para pesquisar as possíveis causas", alerta.

Para a veterinária, as causas mais comuns têm relação com a alimentação, que acontece pela ingestão de algo estragado, mudança repentina na dieta ou introdução de alimento que não estava acostumado.

"É muito comum vermos essa situação em cães que foram acostumados a comer exclusivamente ração e o tutor faz a oferta de sobras de comida, que muitas vezes são alimentos condimentados, temperados, industrializados e gordurosos", afirma. 

"Quando o cão faz uso de uma dieta inadequada com alimentos de difícil digestão, como farinhas, grãos, lácteos, gorduras, fibras fermentáveis, ou pela ingestão de grandes quantidades de alimento além do recomendado, ou também pela troca repentina do tipo de ração que o animal já era acostumado a comer, são fatores que contribuem para o excesso de gases", acrescenta.

Ainda segundo a especialista, outro fator que contribui para as flatulências é a aerofagia, quando no momento da ingestão do alimento, o pet come com muita rapidez e ansiedade, e acaba engolindo ar junto ao alimento. Algumas raças braquiceláficas, como por exemplo, Pug, Shih-Tzu, Buldogue francês, Buldogue inglês, têm maior predisposição à aerofagia.

Para ajudar o tutor nessa situação, Beatriz  lista os principais sinais clínicos que podem ser percebidos facilmente. "O clássico e famoso pum’, com ou sem som, com ou sem odor. O animal também pode demonstrar desconforto ou dor quando tocado na barriga, e é percebida uma distensão abdominal", diz. "O cão também pode apresentar falta de apetite e alteração do comportamento, demonstrando prostração, desconforto quando tenta se movimentar", continua. 

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Prevenção
Para evitar o desconforto causado pelos gases, pode-se fazer alguns ajustes de rotina do animal, como oferecer uma dieta balanceada e adequada para o perfil do seu cão, com proteínas de alta digestibilidade, fracionar a quantidade diária do alimento em 3 a 4 vezes ao dia.

"Qualquer alteração que fazemos na rotina alimentar do pet deve ser feita de forma lenta, gradual e progressiva, sempre observando possíveis alterações que o pet pode ou não demonstrar", lembrou.

Para aqueles cães ansiosos e apressados que acabam engolindo muito o ar, Beatriz recomenda que o tutor reduza fatores de estresse e distração ambiental e competitividade por alimento com outros cães. "O momento da alimentação deve ser tranquil. Indicado a utilização de comedouro lento ou comedouros interativos para cachorro, e ajuste na altura do comedouro", detalha.

Associado a essas prevenções, é importante o estímulo à prática de atividade física leve a suave, que ajudará a ativar o metabolismo do animal e a eliminar os gases intestinais indesejáveis. "Os passeios devem ser curtos e com baixa intensidade, lembrando de respeitar o intervalo mínimo de 01 hora entre a alimentação e o exercício do pet", pontuou.

Beatriz lembra ao tutor, que em uma situação corriqueira e esporádica não há nada com o que se preocupar. Mas se for algo recorrente e que provoque alterações clínicas significativas no animal, deve-se levar ao veterinário o mais rápido possível.

Mas nada de colocar a culpa no cachorro ou no gato, hein?

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