Cidades

Reajuste da passagem de ônibus não fica em menos de 10% sem apoio federal, estima Bruno Reis

Vagner Souza/BNews
Prefeito recordou que em 2021, a passagem de ônibus foi ajustada em 4,54% - passando de R$ 4,20 para os atuais R$ 4,40.  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 07/01/2022, às 11h52   Whaley Emmanoel e Marcos Maia


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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) afirmou nesta sexta-feira (7), que, sem apoio federal, o reajuste da passagem de ônibus da Capital Baiana não ficaria em menos de 10%. 

"Temos até maio para tomar essa decisão. Vamos retomar as discussões com o governo federal, buscando apoio, algum tipo de subsídio para abater esse subsídio do aumento que ocorre também todo ano", disse.

Ao BNews, Reis reforçou que o reajuste da tarifa faz parte do acordo  contratual de concessão - uma realidade que se repete em outros municípios do Brasil. Entre as regras consideradas para decidir o valor da tarifa estão a inflação do período, o preço do Diesel, dos pneus e o reajuste salarial anual dos trabalhadores do sistema.

"Eram 400 mil ônibus e aumentaram para 600 mil novos ônibus. Se for aplicar essa fórmula, não é um aumento de menos de 10%", calculou. O prefeito recordou que em abril do ano passado, a passagem de ônibus foi ajustada em 4,54% - passando de R$ 4,20 para os atuais R$ 4,40.

Na última quinta-feira (6), o prefeito havia sinalizado que o governo federal ainda não fez nenhuma manifestação sobre apoiar financeiramente o município para suavizar - ou mesmo evitar - o reajuste na tarifa do transporte público.

Ao apresentar o balanço das ações realizadas por sua gestão em 2021, Reis reforçou que o transporte público será o maior desafio do município neste ano. Na ocasião, ele voltou a manifestar preocupação com eventuais convulsões sociais provenientes dos reajustes anuais previstos por contrato com as concessionárias.

"O cidadão  não consegue pagar. Não comportando pagar - e é fato que a tarefa não remunera mais o sistema -, precisamos de apoio federal. Os municípios não têm condições de pagar essa conta. Não temos condições de assumir mais atribuições", concluiu.

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