Rosa Weber arquiva notícia-crime contra presidente do Banco Central

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou notícia-crime contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o banqueiro André Esteves, do BTG. O pedido de investigação foi motivado pelo vazamento de áudio de uma reunião do banqueiro com investidores.

De acordo com o site O Antagonista, a decisão foi em resposta a ação apresentada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Mês passado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a rejeição do pedido. Na avaliação do órgão, não há indícios mínimos de que os dois utilizaram-se de informações preliminares para obter lucro ou vantagem.

PROGRAMA VOTO COM ORGULHO

Cresce número de pré-candidatos LGBTI+ nas eleições municipais

RELATÓRIO

Anistia Internacional critica 'carta branca para matar' das polícias de Rio, SP e Bahia

“O processamento de meras comunicações de crime no âmbito desta Suprema Corte há de limitar-se à formalização do conhecimento provocado do titular da ação penal a respeito da indicação da prática de fato criminoso por autoridade com foro. Tendo o titular da ação penal formado sua opinião sobre o suposto delito e concluído pela inexistência de elementos que justifiquem sequer a instauração de inquérito, não há qualquer providência a ser adotada", diz trecho da decisão de Rosa Weber.

Leia também: Barroso volta a virar alvo de bolsonaristas após decisão sobre passaporte da vacina

PTB questiona no STF exigência de 'passaporte da vacina' na Bahia e outros 5 estados

STF está pronto para julgar recurso que pode revogar mandado de prisão de Sérgio Cabral

André Esteves rebate

O banqueiro André Esteves enviou uma manifestação ao STF negando qualquer irregularidade. O representante do BTG disse que o diálogo com o presidente do Banco Central foi uma "conversa formal".

Esteves negou que, na reunião, tenham tratado a respeito de política monetária, taxa de juros ou qualquer outro assunto semelhante.

Crescimento em "V"

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que havia prometido uma recuperação em "V", mas nunca garantiu um crescimento contínuo do país. "Nunca disse que o Brasil ia continuar em 'V'. Colocamos o Brasil de pé, isso é 'V'. Vamos entrar no futuro", afirmou o ministro, reafirmando que a economia brasileira passou por uma recuperação rápida após a queda abrupta durante a pandemia.

No terceiro trimestre, a economia recuou 0,1%, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado reforça o quadro de estagnação da economia.