Justiça
Dois brasileiros já foram presos na Argentina após a Justiça ordenar a prisão de 61 brasileiros foragidos que foram condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Um deles é o baiano Joelton Gusmão de Oliveira, de 47 anos.
Natural de Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia, Joelton foi condenado, em 2024, a 17 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio e associação criminosa armada.
De acordo com a polícia argentina, o baiano foi preso na cidade de La Plata, na última quinta-feira (14), a cerca de 60 km de Buenos Aires. Antes, o baiano já havia sido preso, em Brasília, no dia 8 de janeiro, mas foi liberado da prisão para cumprir medidas cautelares em novembro de 2023.
Sua parceira, Alessandra Faria Rondon, também foi condenada a 17 anos pelos mesmos crimes e também é considerada foragida pela Justiça brasileira. Ela é um dos nomes que estão no mandado de prisão, mas não foi presa junto com Joelton, segundo a polícia argentina.
Outro brasileiro é Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, de 34 anos. Rodrigo é considerado foragido pela Justiça brasileira desde abril de 2024, quando a polícia perdeu o sinal de sua tornozeleira eletrônica.
Ele foi condenado em 2024 a mais de 14 anos de prisão por abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado de deterioração de patrimônio tombado.
De acordo com o jornal Clarín, os mandados de prisão foram emitidos pelo juiz Daniel Rafecas a pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O governo da Argentina havia enviado em junho ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil uma lista de brasileiros que haviam pedido refúgio no país vizinho após serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O atual presidente da Argentina, Javier Milei, é aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também é investigado no inquérito sobre os episódios de 8 de janeiro. Um porta-voz do governo de Milei, no entanto, afirmou em junho que não havia "pactos de impunidade" e que a Argentina respeitaria as decisões do Judiciário brasileiro.
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