Economia & Mercado

Indústria de carnes prevê receita de US$ 10 bilhões em 2022

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Apesar do embargo chinês no segundo semestre de 2021, exportações de carne bovina brasileira passaram de US$ 9 bi  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Publicado em 04/01/2022, às 11h34   Redação BNews


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As exportadoras brasileiras do segmento de carne bovina têm a expectativa de ver sua receita chegar pela primeira vez à casa dos US$ 10 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). As informações são do jornal Valor Econômico nesta terça-feira (4).

O setor atingiu um novo recorde de faturamento com as vendas externas, com mais de US$ 9 bilhões em embarques em 2021, apesar das complicações com o embargo imposto pela China - principal comprador da carne bovina brasileira  - no ano passado. O recuo no volume das exportações foi compensado pela alta de 16,13% no preço médio da proteína.

Os valores passaram de US$ 5 mil por tonelada. A publicação ressalta que a reabilitação de 12 plantas brasileiras pela Rússia também pode favorecer os negócios neste ano. A expectativa também considera o retorno da China às compras e a possibilidade de novas aberturas de mercado para produtos e destinos, como Canadá, Coreia do Sul e Japão.

O presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, prevê que o volume exportado deverá voltar para a casa de 2 milhões de toneladas de carcaça equivalente, patamar alcançado pelo setorapenas em 2020. No ano passado, foram 1,8 milhões de toneladas enviadas ao exterior de acordo com as projeções da entidade.

“Nós nos preparamos e cuidamos do nosso produto para não haver problema lá fora. A perspectiva é estar pronto para responder à demanda e com preço da arroba extremamente remunerador ao produtor”, disse Camardelli. A ausência de compras chinesas entre os dias 4 de setembro e 15 de dezembro não deixou “máculas” com o maior parceiro do setor. 

“Fora os percalços financeiros e a sequência comercial que foi interrompida, o maior prejuízo que poderíamos ter era a ausência do nosso produto nas gôndolas da China, e isso não aconteceu”, continuou. 

Camardelli reforça que não houve quebra de margem nas empresas nacionais graças a existência de estoques dos importadores asiáticos e a liberação da entrada da produção certificada antes do embargo.

Os últimos 15 dias de dezembro reforçaram o otimismo da indústria exportadora. Com a retirada da suspensão, a China já comprou 20 mil toneladas de carne bovina brasileira nesse período. 

“O fluxo está normal com a China. Já vínhamos conversando um pouco. No momento que [a China] reabriu, o processo comercial se fez automaticamente”, relatou. O fim do ano também reservou a abertura do mercado da Malásia para cortes com ossos e miúdos.

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