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Pré-campanha: ACM Neto foge de polêmicas com a base e oposição, além de deixar definição importante em aberto

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ACM Neto ainda não definiu quem será seu vice-governador e não quer apoiar presidenciáveis  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César/BNews

Publicado em 09/05/2022, às 06h00 - Atualizado às 06h32   Vinícius Dias


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Uma coisa não dá para negar: ACM Neto (União Brasil) é o pré-candidato ao governo da Bahia que mais tempo teve para circular no Estado já se vendendo como tal. Após a saída da prefeitura de Salvador no final de 2020, veio um período sabático, casamento e, logo depois, muitas viagens ao interior. 

Pode-se dizer que a campanha de ACM Neto é a mais adiantada, mas, ainda assim, com algumas lacunas e definições importantes a se tomar. A principal delas é a candidatura a vice - e iremos falar sobre isso nas linhas abaixo.

Confira:Caminhos da pré-campanha: BNews analisa estratégias de pré-candidatos ao Governo da Bahia; veja calendário

Num clima já quente, com trocas de acusações, insinuações e ataques, ACM Neto busca ser mais contido e falar nas entrelinhas. Sem citar nomes, bate muito em questões como educação e segurança, dois dos calos principais da gestão Rui Costa. O fato de Jerônimo Rodrigues, pré-candidato petista, ser ex-secretário de educação do Estado, vira um prato cheio para a comunicação de ACM Neto e sua defesa, entre outras coisas, de que a Bahia busque a liderança de índices como o Ideb, que mede a qualidade da educação nos estados.

Dois grandes nós ainda têm o desatar a se fazer por ACM Neto. O primeiro deles é definir quem será o seu candidato à vice. O Republicanos, partido que é amigo de longa data do ex-prefeito de Salvador, é quem deve indicar o nome.

Marcelo Nilo e Márcio Marinho despontam com força, com destaque para o primeiro, que deixou a base de Rui Costa (PT) com a esperança de ser candidato ao Senado na chapa de Neto. Planos que foram por água abaixo com a chegada de João Leão (PP), vice-governador da Bahia, trazendo junto a força do PP e a máquina que o partido tem em mãos com seus quase 100 prefeitos ao redor do Estado. Leão desistiu de ser pré-candidato ao Senado, deixando a missão a cargo de seu filho, o deputado Cacá Leão (PP) - definição que em nada resolve a vida de Nilo. 

Um outro nome que briga para ganhar a vice de Neto é Zé Ronaldo (União Brasil), ex-prefeito de Feira de Santana. A conjuntura mostra ser difícil que ele consiga o feito. Lançar uma chapa puro-sangue (ou pão com pão, como dizem as más línguas) não parece ser uma alternativa que vai deixar a chapa satisfeita. 

O segundo nó para ACM Neto desatar é o apoio presidencial. Ele afirma que quer estadualizar a eleição, que, convenhamos, tem forte característica nacional - ainda mais com a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), tão presente na Bahia.

O próprio ACM Neto já parece sentir que é difícil tocar sua campanha sem um presidenciável para chamar de seu. Publicamente, mantém o discurso de seguir do jeito que está, mas algumas movimentações nos bastidores indicam que o pré-candidato do União Brasil pode se abrir para conversas. A troca de afagos com João Doria (PSDB) e a boa relação com Leo Prates (PDT), seu ex-secretário de saúde e homem de confiança, exemplificam a situação. Mas, vejam bem, difícil não é impossível. E não é de se duvidar que Neto caminhe só, ao menos durante o primeiro turno. 

Todos esses nós devem ser desatados até o mês de Agosto, mais especificamente até o dia 5, prazo-limite para as convenções partidárias que oficializam as chapas e definem de uma vez por todas quem é quem no tabuleiro eleitoral. Por hora, resta aguardar e seguir atento às movimentações.

Confira calendário de publicação especial:

Segunda (09/05) - ACM Neto (União Brasil)

Terça (10/05) - Giovani Damico (PCB)

Quarta (11/05) - Jerônimo Rodrigues (PT)

Quinta (12/05) - João Roma (PL)

Sexta (13/05) - Kleber Rosa (PSol)

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Classificação Indicativa: Livre

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