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Presidente do PT quebra silêncio e acusa PP de abandono na Bahia: 'voltamos a ser adversários'

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PP foi aliado petista durante os últimos 14 anos na Bahia  |   Bnews - Divulgação Foto: João Ramos

Publicado em 15/03/2022, às 09h39   Redação


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Presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares se manifestou sobre a saída do Partido Progressistas (PP) da chapa governista após quebra de aliança que durou 14 anos, passando pelos governos de Rui Costa e Jaques Wagner, ambos petistas. Segundo Valadares, a saída foi motivada pelo apoio da sigla na Bahia ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme o BNews explicou em reportagem anterior, o PP nacional está alinhado a Bolsonaro e, inclusive, possui ministérios de peso em aliança com o presidente. Mas o modelo político brasileiro oferece a possibilidade de que os partidos, de maneira regional, tenham autonomia - era o caso do PP baiano, que apoiava o PT no Estado, ocupava secretarias de alto escalão e tinha, inclusive, a vice-governadoria há 8 anos.

“Após 14 anos de apoio, o PP abandona o projeto de Lula e Rui na Bahia. O que aconteceu? Prevaleceu a opinião do PP bolsonarista? Foram convencidos por Ciro Nogueira e Arthur Lira? O fato é que deixam de trilhar o caminho de Lula para marchar ao lado de Bolsonaro e aliados na Bahia”, disse Éden. 

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O petista destacou que acredita na vitória do PT, que nestas eleições será representado por Jerônimo Rodrigues (PT), atual secretário de educação do Estado e braço direito de Rui. 

“PT e PP tomam estradas diferentes. Voltamos a ser adversários e não inimigos, com disputa de argumentos, sem xingamentos. Foi assim em 2006 e vencemos. Com humildade e confiança na liderança de Lula, Rui e Wagner afirmo: venceremos novamente em 2022 com Jerônimo Governador”, disparou.

O partido Progressistas oficializou na última segunda-feira (14) o rompimento da aliança com o PT na Bahia. O martelo foi batido em uma reunião da Comissão Executiva na sede do diretório estadual da legenda, em Salvador.

Mais cedo, o vice-governador João Leão, líder do PP no estado, entregou pedido de exoneração do posto de secretário de Planejamento. Os pepistas Nelson Leal, secretário de Desenvolvimento Econômico, e Leonardo Góes, titular da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, também entregaram os cargos. 

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Em uma nota pública assinada, além do vice-governador, pelo secretário geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiros e os deputados federais e estaduais da sigla, o partido menciona o descumprimento do acordo para que o governador Rui Costa (PT) deixasse o cargo para concorrer ao Senado e, assim, João Leão assumisse o governo até o final do mandato.

"Além de considerar inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação da decisão pela imprensa causou uma imensa decepção e a constatação de que o PP não era mais desejado e não tinha espaço na aliança que nos trouxe até aqui", prossegue.

A tendência, agora, é que o PP marche ao lado do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), nas eleições estaduais, com Leão ocupando a vaga de candidato ao Senado.

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