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Associação de produtores cogita protestar contra ‘Carnaval indoor’ na Bahia: “Não é justo”

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"Não queremos ter que chegar a esse ponto", afirma representante  |   Bnews - Divulgação Arquivo | BNews

Publicado em 30/11/2021, às 17h40   Maiara Lopes


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Muitas categorias ligadas ao Carnaval de Salvador vêm se mobilizando para que uma decisão sobre a realização da festa seja anunciada o mais breve possível. Prejudicados pelo atual contexto, produtores baianos defendem, diante do atual cenário, não é justo que grandes empresários sejam beneficiados com a realização de festas indoor, como o 'Carnavalito' – evento que acontece na Arena Fonte Nova, enquanto vendedores ambulantes, mototaxistas, cordeiros, e outras categorias menos favorecidas, que dependem da festa de rua, fiquem completamente desfavorecidas.

Para o produtor Beto Souza, membro da APE - Associação de Produtores do Estado da Bahia, mesmo que a decisão seja contrária a realização do evento, é preciso encontrar uma maneira de assistir esses profissionais. "A maioria de nós segue desassistida desde o início da pandemia, muitos não conseguiram se quer ter acesso ao auxílio emergencial. Sei que os empresários não tem nenhuma culpa, mas não é justo. São muitos trabalhadores informais, em sua maioria, sem nenhuma condição financeira. É preciso encontrar um meio termo", afirmou.

Presidente da entidade, o empresário Adriano Malvar revelou, em contato com a equipe do BNews, que, inclusive, cogitou-se a possibilidade de fazer um protesto no local onde acontecerão essas festas privadas. "Não queremos ter que chegar a esse ponto, a nossa ideia é dialogar, mas é preciso reconhecer que se trata de uma manifestação legítima. Eu, enquanto representante, preciso preservar pela integridade física do grupo, mas nossa classe precisa ser assistida de alguma forma" destacou.

Malvar também ressalta que, em meio a uma pandemia mundial, é compreensível se optar pela preservação da saúde coletiva, mas, não se pode esquecer das necessidades básicas de cada indivíduo. 'Sem carnaval, como essas pessoas levarão alimento para suas casas?" questionou.

Vale lembrar, que no último dia 21 de novembro, um grupo de profissionais que também atuam na folia momesca realizou um ato no Farol da Barra. Organizado pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), o protesto cobrou a realização da festa em 2022, ainda sem confirmação pela prefeitura e governo da Bahia.

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