Geral
Para além de um dia no calendário, o 20 de novembro carrega o peso da resistência do povo negro, que há séculos luta contra as injustiças causadas pelo racismo. Essa é a primeira vez que a data será feriado em todo o Brasil. No entanto, mais do que uma folga, o dia também é um chamado à reflexão.
A data homenageia Zumbi dos Palmares, que liderou o Quilombo dos Palmares e foi morto degolado, em 1695. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Entretanto, somente em 2023, após um projeto apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), a Lei 14.759/2023 foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a data tornou-se feriado nacional.
Para a jornalista Maira Passos, mulher negra e soteropolitana, a data também celebra a ancestralidade. "O povo preto não é herdeiro da escravidão, ela nos foi imposta. Então, a data é um marco histórico que ressalta a importância da nossa ancestralidade, história, luta e resistência para sermos livres. E, finalmente, poder ver essa data como feriado nacional mostra o quanto os nossos mais velhos gritaram para serem ouvidos. O dia 20 de novembro é uma reflexão contra o racismo que impacta o Brasil desde 1500", declarou ela.
Debates acerca do racismo não devem esperar o mês de novembro
Não só no dia 20, mas em todo o mês de novembro, as discussões que envolvem temas diversos relacionados à negritude e ao combate ao racismo são intensificadas. No entanto, é fundamental que esses debates aconteçam durante todo o ano e, principalmente, ultrapassem o campo das conversas e avancem para a implementação de soluções concretas, capazes de combater ações discriminatórias e promover equidade.
"Embora o Dia da Consciência Negra fortaleça essa luta contra o racismo com ações e campanhas públicas e privadas, acredito que essa consciência não seja apenas para o 20 de novembro, mas para o ano inteiro. Não queremos o palco apenas neste dia, queremos oportunidades e portas abertas sempre, para declararmos e expressarmos nossa cultura, criatividade e liberdade", disse a jornalista.
Enquanto mulher negra, a técnica em edificações Bethânia Maria de Souza compartilha a mesma ideia e reforça que o 20 de novembro não é apenas um dia para celebrar a negritude. "Também é uma data revolucionária para discutir, agir e lutar a favor de políticas públicas e ações mais justas e igualitárias para que a igualdade racial se torne realidade, e o racismo seja combatido de forma prática, válida e autêntica", pontuou.
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