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Família de turista que morreu em ponto turístico no CE aciona Justiça contra empresa: "acabou a nossa vida"

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Segundo parentes o parque Buraco Azul não tinha estrutura para prestar socorro ao turista  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/05/2022, às 08h59 - Atualizado às 09h00   Redação


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A família do mecânico Uilgner Rodrigues, turista que morreu afogado no Buraco Azul, ponto turístico do município de Cruz, no Ceará,  decidiu acionar a Justiça contra a empesa que administra o local. O homem morreu no dia 21 de fevereiro deste ano.

De acordo com o G1, o advogado da família, Airton Sinto, alega que a responsabilidade pela segurança dos turistas no local é da administração do empreendimento e do Governo local. "Se existisse uma mínima estrutura necessária para um espaço desse tamanho, o Uilgner estaria conosco. Eu tenho certeza disso, e vamos provar em sede judicial". A empresa responsável pelo local foi procurada para falar sobre o assunto, mas até o fim dessa reportagem não deu retorno.

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O pai da vítima, Ariel de Assis Rodrigues, disse ser enorme a dor da perda. "Acabou a nossa vida, acabou o nosso mundo. O mundo para nós perdeu a cor e o sentido. É muito triste. Não desejo isso para família nenhuma. Por isso quero justiça, para que amanhã ou depois ninguém esteja chorando como estou", disse.

A noiva da vítima, Bianca Lucas Carvalho, relembrou o ocorrido. "Ele foi nadando e, em um certo ponto, olhou para trás e pediu socorro. Eu já me desesperei e comecei a gritar. Veio uma pessoa, que jogou uma boia pra ele, mas ele nunca conseguiria pegá-la. Eu disse: ‘Pula, pelo amor de Deus. Pula, pelo amor de Deus’. Esse rapaz pulou, chegou até o Uilgner, pegou pelas mãos, mas ele escapou e afundou".

O mecânico só foi retirado da água 20 minutos após o afogamento. Segundo Bianca, no local não havia ambulância e os turistas pressionaram o piloto de um helicóptero para socorrer o Uilgner, que chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu. “Era um filho, pai, noivo e amigo excelente. Perdemos o Uilgner e, para que outras pessoas não percam alguém tão querido, o local precisa oferecer uma estrutura”, diz Bianca.

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