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Filiação de Bolsonaro ao PL movimenta tabuleiro político na Bahia e em Salvador

Antonio Augusto/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Antonio Augusto/Agência Brasil

Publicado em 09/11/2021, às 12h41   Luiz Felipe Fernandez


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A confirmação da filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao PL, de Valdemar Costa Neto, pode provocar mudanças na conjuntura política na Bahia e em Salvador, com desembarques e possíveis despedidas da sigla.

Na Câmara Municipal de Salvador, o PL conta hoje com o pastor conservador Isnard Araújo e com o radialista Leandro Guerrilha, que assumiu a vaga deixada por Irmão Lázaro (PL), falecido em março de 2020, vítima de Covid-19

No entanto, pode ganhar ainda mais um representante, com eventual chegada do vereador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Alexandre Aleluia, rompido com o DEM e com o presidente nacional ACM Neto

O filho do ex-deputado José Aleluia é um dos maiores aliados de Jair Bolsonaro e mantém relação com os filhos do presidente. Quando a ideia do clã Bolsonaro era a criação do Aliança pelo Brasil, Aleluia chegou a ajudá-los, mas, sem sucesso.

ALBA

Já na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o PL pode ter uma baixa caso Vitor Bonfim opte por deixar o partido, hoje na base do governo Rui Costa (PT), mas por outro lado pode ter a chegada de parlamentares eleitos pelo PSL, antiga casa de Bolsonaro.

Bolsonaristas ferrenhos, Talita Oliveira e Capitão Alden podem seguir os passos do presidente e desembarcar no PL.

O mesmo pode acontecer com Samuel Jr., expulso do PDT por se alinhar a Bolsonaro, que admitiu ao BNews que a ida para o partido é uma "boa ideia". O parlamentar, contudo, disse que ainda vai aguardar o processo do PDT ou a "janela partidária" para definir o seu futuro.

CÂMARA FEDERAL

Atualmente, o partido tem quatro representantes da Bahia na Casa, que são José Rocha, Jonga Bacelar, Raimundo Costa e o pastor Abílio Santana. Nenhum deles deve sair da sigla por já mostrarem o seu apoio ao governo. 

Quando não publicamente, como Jonga Bacelar que já apareceu em vídeos ao lado do presidente, nas votações no plenário, onde todos se alinharam em mais de 90% das vezes ao Planalto.

A bancada federal baiana do PL pode ainda aumentar. Na mesma situação que Samuel Jr., o deputado federal Alex Santana (PDT) aguarda desfecho da sua situação no PDT e sua filiação ao partido que será o destino de Bolsonaro não está descartada.

ALIANÇAS

O ex-deputado federal José Carlos Araújo e presidente do PL na Bahia confirmou que vai se reunir na próxima semana com o líder nacional, Valdemar Costa Neto, e entre os assuntos devem tratar também da chapa presidencial, com possibilidade de união com o PP.

A formação da chapa com o partido de Ciro Nogueira, atual ministro da Casa Civil, bagunçaria o tabuleiro na Bahia, onde João Leão (PP) é o vice-governador de Rui Costa, quadro do PT. Mesmo votando com o governo em Brasília, o partido se mantém fiel à base petista no estado.

Potencial candidato ao governo da Bahia levando nas costas a responsabilidade de representar Jair Bolsonaro, o ministro da Cidadania, João Roma, também poderia ser outro quadro forte para migrar para o PL.

Em conversa com interlocutores do antigo secretário de ACM Neto em Salvador, entretanto, foi dito que este caminho até o momento parece improvável, o que abre margem para uma chapa de Roma com o PL na Bahia.

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