Política

CPI da Coelba: aumenta o número de deputados que pedem investigação contra a empresa

Divulgação Agência AL-BA
Bnews - Divulgação Divulgação Agência AL-BA

Publicado em 09/11/2021, às 05h30   Eliezer Santos


FacebookTwitterWhatsApp

Mais cinco deputados estaduais assinaram o requerimento que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para investigar a Coelba, empresa privada controlada pelo grupo espanhol Neoenergia/Iberdrola, que é responsável pelo fornecimento de energia no estado.

Tiago Correia (PSDB), Rogério Andrade Filho (PSD), Alan Castro (PSD), Mirela Macedo (PSD) e Alden (PSL) se juntaram aos outros 34 parlamentares favoráveis à proposta de CPI apresentada pelo deputado Tum (PSC), conforme o BNews noticiou com exclusividade. Agora a CPI tem 39 assinaturas, 18 a mais que o mínimo necessário. 

Nesta segunda-feira (8), conforme informações apuradas nos bastidores, o grupo Neoenergia Coelba passou a assediar deputados para uma reunião fechada. A tentativa de aproximação é criticada por Tum, segundo o qual a companhia trabalha no sentido de antecipar a oitiva ou, até mesmo, esvaziar a comissão.

LEIA TAMBÉM: 

O presidente da AL-BA, Adolfo Menezes (PSD), endossou, em entrevista ao BNews neste domingo (7), as críticas de seus pares à companhia. "Acho que [a Coelba] falha muito. Demoram muito para executar os pedidos, é muita reclamação", disse Menezes.

O presidente prega cautela, mas ressaltou que a CPI pode ser instalada. "Tenho de ver primeiro qual o motivo, mas, se tiver as assinaturas suficientes e motivo, vai acontecer", enfatizou.

RECLAMAÇÕES

Nas justificativas para instalação da CPI, o autor questiona a pouca transparência na composição dos preços cobrados aos baianos, além dos "prazos e custos nas solicitações de ligação, exigindo, sobretudo dos grandes consumidores, valores milionários para viabilizar o fornecimento de energia".

"De Juazeiro a Teixeira de Freitas, tem baiano sofrendo por problemas gerados ou não resolvidos pela Coelba. Tem empresas aguardando a expansão da rede elétrica para começar a operar, para gerar empregos e pagar impostos. Mas a Coelba não deixa e isso não é justo com a nossa Bahia”, afirmou Tum.

LEIA MAIS:

CPI da Coelba: Líder do PT diz que presidente da AL-BA garantiu instalação

CPI da Coelba: Líder da oposição não assina documento, mas considera pedido “legítimo”

Além disso, questiona a falta de um plano de expansão da rede, o que tem inviabilizado novas ligações elétricas do programa Luz para Todos e a implantação de grandes empreendimentos, que poderiam estar gerando emprego, renda e impostos na Bahia. 

O deputado lembra ainda que, somente nos primeiros quatro meses de 2021, a Coelba registrou lucro líquido de 10 bilhões de reais. No entanto, a companhia segue liderando o ranking de reclamações do Procon e é mal avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Acompanhe o BNews também nas redes sociais, através do Instagram, do Facebook e do Twitter

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp