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Alvo de CPI, Coelba procura parlamentares para "reunião fechada”; deputado critica ofensiva da empresa

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Publicado em 08/11/2021, às 16h35   Redação BNews


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Alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o grupo Neoenergia Coelba passou a assediar deputados estaduais para uma reunião fechada. 

A tentativa de aproximação aos parlamentares é criticada pelo autor do pedido de abertura da CPI, deputado Tum (PSC), segundo o qual a companhia trabalha no sentido de antecipar a oitiva ou, até mesmo, esvaziar a comissão.

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A comissão já foi apoiada por outros 34 deputados, 13 a mais que o mínimo necessário. O colegiado será composto por oito membros titulares e 4 suplentes.

Na última semana, o BNews revelou uma articulação para uma reunião na próxima quarta-feira (10), às 10h, que deverá ter a presença do diretor presidente da Neoenergia Coelba Luiz Antonio Ciarlini.

Para o deputado, o primeiro passo após oficializar e instalar a CPI é colher informações e depois ouvir os representantes da Coelba. “Vamos ouvir o Procon, já que a empresa lidera o ranking de reclamações, vamos ouvir grandes empresas, que são obrigadas a comprar postes e fiação para ter energia e passar a operar, vamos realizar audiências públicas nos territórios, para levantar as queixas e demandas e, só depois, questionaremos os representantes da Coelba”, afirmou Tum.

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Nas justificativas para abertura da CPI, o deputado cita a pouca transparência na composição dos preços cobrados aos baianos, além dos "prazos e custos nas solicitações de ligação, exigindo, sobretudo dos grandes consumidores, valores milionários para viabilizar o fornecimento de energia".

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Além disso, questiona a falta de um plano de expansão da rede, o que tem inviabilizado novas ligações elétricas do programa Luz para Todos e a implantação de grandes empreendimentos, que poderiam estar gerando emprego, renda e impostos na Bahia. 

O deputado Tum lembra que, somente nos primeiros quatro meses de 2021, a Coelba registrou lucro líquido de 10 bilhões de reais. No entanto, a companhia segue liderando o ranking de reclamações do Procon e é mal avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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