Salvador
Publicado em 09/12/2021, às 06h21 Brenda Viana
É tradição nos Estados Unidos e em vários países da Europa os presépios detalhados, às vezes simples, outros mais elaborados, mas nunca esquecidos. Todos os anos os estadunidenses realizam esse costume que já perdura há séculos.
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No Brasil, apesar desse hábito ter chegado há bastante tempo, muitas pessoas não fazem os presépios. Mas, tem aqueles que se recusam a não cumprir a tradição. Esse é o caso de Antoniel Pereira. Há 55 anos ele monta um dos presépios mais bonitos e elaborados no Centro de Salvador.
Morador do bairro da Mouraria, em Nazaré, Antoniel, que é formado em licenciatura em Filosofia e bacharel em Ciências Econômicas, afirma que aprendeu a montar sozinho, olhando para sua mãe. No começo, apenas uma mesa bem pequena segurava os primeiros presépios, mas com o tempo, foram aumentando e ficando elaborados.
“Queria fazer um presépio onde pudesse representar o mundo e Cristo nascendo no mundo com toda diversidade”, comentou ao BNews. Antoniel, que é apaixonado por miniaturas, ainda reforçou que não coloca figuras soltas, realiza sonhos com cenários.
Para quem entra na casa azul (apenas com a permissão dos orixás), número 90, em frente ao Quartel do Exército 6ª Região, consegue observar a dimensão do presépio que, segundo Antoniel, tem algumas categorias.
No teto, observa-se o firmamento com as estrelas. Logo depois, tem a fauna e a flora. Em seguida, ele coloca a idade média com os castelos e senhores feudais, (que tem santos em miniatura), Europa, Oriente com o Japão e a África. Para representar as Américas, Antoniel escolheu Salvador e alguns pontos da capital baiana, como Forte São Marcelo, Praça Municipal, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Fonte de Mario Cravo, Distrito Naval, Praça da Conceição, Forum, Praça da Lapinha e da Piedade, Campo Grande, Farol da Barra, Dique do Tororó, Fonte Nova.
Ele ainda explica que para fazer todo esse presépio, é preciso montar com antecedência. “ Tudo é feito com 60 dias de antecedência, com cola quente, peça por peça. Todo presépio abre em dezembro e a tradição é ficar até o dia de Reis, dia 6 de janeiro. Depois encerra-se essa parte das festas de Natal. Eu geralmente desmonto antes do dia 26 de janeiro porque é o meu aniversário e preciso da minha sala para fazer festa”, disse. Ele ainda coloca um caderno para cada visita assinar após a tour na pequena sala da frente.
Após a data, Antoniel guarda todo o presépio em caixas e identifica todos. “Hoje eu guardo por cenários, como a da Lavagem do Bonfim, outros eu desmonto peça por peça, porque a grande maioria é colada com cola quente”.
Antoniel, que tem mais de mil peças expostas em cima de madeira e eletricidade, inclusive, com transformador para deixar os postes da cidade ligados, diz que consegue admirar todos os anos a sua obra de arte. “Ás vezes eu fecho tudo e fico olhando as coisas que criei, achando lindo. É muito narcisismo [risos] ”, brinca.
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