Salvador
Publicado em 24/05/2022, às 14h01 Redação Bnews
Uma história dedicada ao amor, construída por muitas mãos e parcerias, e, sobretudo, pela atuação dedicada do Monte Tabor e da Associação Amor ao Próximo. Esse conjunto fez do bairro Nova Esperança, em Salvador, uma referência em educação e cidadania. E, para celebrar 32 anos de existência do trabalho destas duas instituições no desenvolvimento constante do bairro, será realizado no próximo sábado (28/05 ) o evento ‘ Gratidão. É a memória do coração’ para enaltecer a história da localidade.
O Monte Tabor e a Associação Amor ao Próximo organizaram uma programação festiva com estandes que vão dispor de apresentação de uma ‘linha do tempo’, com o objetivo de contar a história do bairro desde a década de 1990 até os dias atuais.
O bairro Nova Esperança surgiu como um assentamento informal, localizado na convergência-limite de três municípios: Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho. Desde 1990 o Monte Tabor acompanha a comunidade e as crianças que habitam no local.
Visionário e atento às questões sociais que afligiam os moradores, o sacerdote D. Luigi Verzé, à época presidente do Monte Tabor já se preocupava com a carência de políticas públicas na região e a quantidade de crianças e de jovens sem perspectiva de futuro.
O Monte Tabor promoveu e financiou a construção de importantes obras para o bairro, a começar pela Escola Comunitária, fundada em 1990. Depois, fundou o Centro de Artesanato Laura Ziller (1996), a Igreja São Judas Tadeu, e, em seguida, a Creche Amor ao Próximo (1998). “Essas estruturas proporcionaram visibilidade da comunidade e, em 2005, anteciparam o reconhecimento e os investimentos públicos da Prefeitura de Salvador “, pontua Laura Ziller, hoje atual presidente do Monte Tabor.
Roberto Santos dos Anjos, presidente da Associação Amor ao Próximo, destaca o apoio do Monte Tabor para a comunidade de Nova Esperança. “No passado, ninguém sabia o que era Nova Esperança, nem a quem pertencia. Não havia identidade. Tudo mudou por aqui após a chegada no Monte Tabor. Formamos líderes , construímos uma igreja, trouxemos uma unidade de saúde, fundamos uma escola” ,concluiu.
História
Com a criação da Creche Escola Comunitária (1990), mais de 700 crianças e adolescentes deixaram as ruas e tiveram acesso à educação fundamental. Já o programa socioeducativo implementado em Nova Esperança nasceu do sonho de Dona Isabel Oliveira da Silva, que há mais de 40 anos fundou a Associação Amor ao Próximo para atender uma parte das crianças da comunidade.
Sem qualquer ajuda do governo, Dona Bel, como é carinhosamente chamada, manteve a creche apenas com o dinheiro que ganhava como costureira e com pequenas doações que recebia de moradores de Nova Esperança. Foi assim ao longo de 14 anos, até encontrar o Monte Tabor.Dona Bel observava que muitas crianças carentes perambulavam pelas ruas da comunidade e resolveu agir para oferecer um espaço que pudesse acolhê-las.
A partir daí, começa a história da primeira Escola Comunitária de Nova Esperança. Já em 1998, é construída em Creche Amor ao Próximo, que foi ampliada em 2004. Conforme explica a gestora da creche, Anne Helen Almeida, as crianças entram a partir dos dois e anos e passam todo o período de Educação Infantil, até os cinco anos.
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Com a participação ativa do Monte Tabor no processo de expansão e desenvolvimento da Associação Amor ao Próximo tudo mudou para melhor. Hoje, mais de 90 crianças estão matriculadas na creche. “Todas as benfeitorias começaram a chegar com vinda do Monte Tabor”, destaca Anne Helen.
Aos sete anos, as crianças retornam ao projeto social Dom Luigi Verzé, onde têm acesso a atividades ao turno oposto das aulas, que incluem educação física, capoeira, informática, entre outras. O projeto pode receber até 30 crianças por turno, sendo que na pandemia, o número foi reduzido a 10.
A presidente do Monte Tabor Laura Ziller reforça a importância de compreender as realidades da família como um todo para que toda a comunidade seja beneficiada. “É importante ver uma população desenvolver e podermos participar de forma ativa. Hoje as pessoas que estão na Creche se sentem gratificadas pelo trabalho que estão realizando e só ver as crianças crescendo de forma plena com educação, alimentação e cidadania é muito gratificante” pontua Ziller.
*Assessoria de Imprensa
BV Comunicacão
Elane e Bruna Varjão*
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