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Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas prevê recuperação total dos voos nacionais em março

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Eduardo Sanovicz afirmou ao BNews que empresas aéreas estão preparadas para o caso de agravamento da crise sanitária no Brasil  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 06/01/2022, às 14h59   Rafael Albuquerque


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Uma pesquisa recente mostrou que 43% dos brasileiros têm planos de viagens em 2022. O resultado disso já pode ser comprovado na prática. A malha de voos domésticos no Brasil alcançou, pouco antes da virada do ano, 84,7% do patamar que era registrado no período pré-pandemia. Mas novos e preocupantes fatores, como o aumento do número de casos da Covid-19 em decorrência dos festejos de fim de ano, as novas variantes do coronavírus e a gripe H3N2 acenderam a luz vermelha do setor de turismo, sobretudo das companhias aéreas, setor dos mais prejudicados com a pandemia.

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Diante do cenário de crescimento paralelo às preocupações decorrentes da situação sanitária no País, o BNews Turismo entrevistou Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, entidade que representa todas as empresas do setor que operam no Brasil, com exceção da Azul.   

Eduardo se mostra confiante em relação ao atual cenário e prevê total recuperação do setor, pelo menos quando se trata dos voos domésticos, aqueles nos quais os pontos de partida, intermediários e de destino estão situados em território nacional.

“A malha aérea doméstica bateu 85% (em relação ao período pré-pandemia) na virada do ano. A expectativa é que atinja 100% em março. A malha internacional segue comprometida, ao redor de 40%, e dado o cenário internacional complexo só devemos recuperar na metade de 2023”, afirmou em entrevista ao BNews Turismo.

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Sanovicz destacou dois fatores que influenciam de maneira contundente para que haja uma expectativa tão positiva em relação às viagens nacionais. “Há duas causas: a massiva adesão da população, pois o negacionismo no Brasil não criou raízes, graças a Deus. Além disso, tem um público muito expressivo que nos últimos anos viajou para o exterior e, com dificuldade de deslocamento internacional, está viajando pelo Brasil. Pessoas que conheciam Miami, mas não conheciam Jericoacoara ou Bonito e agora estão descobrindo. E a Bahia inserida nisso, nessa recuperação da malha aérea”.

Ainda segundo o presidente, “o Nordeste, de maneira geral, vem crescendo rapidamente, retomando muito rapidamente sua malha aérea. Os destinos mais demandados são Bahia, Pernambuco e Ceará”.

Questionado sobre a preocupação com o aumento do número de infectados pelo coronavírus em decorrência das festas de fim de ano, do surgimento de novas variantes e da gripe H3N2, o presidente da ABEAR ponderou: “com o surgimento da nova variante e ela se espalhando pelo país, nós começamos a acompanhar essa evolução e do ponto de vista de nossa estrutura temos 100% da tripulação e pessoal de terra vacinados. Além disso, seguimos com todos os protocolos de segurança sanitária”.

Ainda assim, informou que já há protocolos a serem seguidos caso a situação volte realmente a se complicar e atingir fortemente o setor: “temos um conjunto de protocolos de segurança sanitária. Caso a situação mude, temos um conjunto de atitudes, reforçaremos esses protocolos”.

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