Coronavírus
DivulgaçãoPublicado em 13/01/2022, às 16h30 Diego Vieira
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 vai começar nesta sexta-feira (14), em Salvador, dias antes do início do ano letivo, que ocorre em fevereiro. Mas, o que os dois fatos têm em comum? Nesta quinta (13), uma escola particular do Rio de Janeiro levantou uma polêmica após anunciar que só receberá alunos em dia com a imunização para as aulas presenciais. A exigência ocasionou em um abaixo-assinado virtual promovido por um grupo de pais contrário a medida.
E as unidades da rede privada de ensino da capital baiana exigirão o passaporte da vacina de seus alunos? De acordo com o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Salvador (Sinape), Jorge Tadeu Coelho, a resposta é "não".
"As escolas não cobrarão comprovante de vacinação. Vacinar ou não é uma decisão que cabe às famílias, embora estejamos torcendo para que os pais levem os seus filhos para tomar a vacina. No entanto, essa decisão não compete a escola, apesar das escolas apoiarem a vacinação. A não ser que surja algum decreto em que a comprovação da vacina seja exigida nas escoas", afirmou Jorge Tadeu que disse ainda que as aulas devem ocorrer de forma presencial em todas as instituições de ensino da cidade.
"Em maio do ano passado, quando as aulas retornaram para o esquema presencial, o cenário da pandemia era o mesmo ou até pior do que o de hoje, e as escolas conseguiram seguir com as suas atividades amparadas com os protocolos de segurança. Atualmente o quadro é o mesmo, mas estamos lidando com uma cepa mais leve do vírus e além disso, temos início da vacinação infantil e por esse motivo as escolas deverão permanecer com as aulas presenciais no ano letivo de 2022", explica.
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No caso do Rio de Janeiro, segundo o jornal O Globo, apenas a escola Americana adotou essa medida. Outras dez instituições de ensino particular, na capital carioca, não vão seguir o mesmo caminho da exigência do cartão de vacinação.
Vale lembrar que a Bahia está entre os estados com mais mortes de crianças de 5 a 11 anos por Covid-19. Os dados foram divulgados nesta terça (11) pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).
Ao todo, 30 baianos dessa faixa etária morreram no período de março de 2020 e a primeira semana de janeiro de 2022, vítimas da doença.
De acordo com o levantamento, as crianças mais afetadas pela covid na Bahia foram aquelas de nove anos, com 9 mortes registradas, seguida pelas que tinham cinco anos, com 7 registros, e pelas de dez anos, com 5 falecimentos registrados.
Crianças de 6 e 7 anos totalizaram 3 óbitos, as de oito, 1, e as de onze, 2 mortes.
Os números contabilizados fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados que reúne as informações de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos 7.663 Cartórios brasileiros.
Ainda segundo a Arpen, o ano de 2021 foi aquele que registrou o maior número de mortes de crianças em que a causa da morte consta como Covid-19 (17), enquanto que em 2020 foram 13.
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