Política

Jaques Wagner e ACM Neto se agrediram em 2021, mas não esperavam surpresa

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Retrospectiva do BNews relembra as principais notícias que envolveram Jaques Wagner e ACM Neto  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 27/12/2021, às 15h23 - Atualizado às 15h46   Henrique Brinco


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O senador Jaques Wagner (PT) e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), trocaram farpas ao longo de 2021. Os caciques da política baiana começaram a preparar o terreno para a corrida eleitoral de 2022 ao Governo da Bahia e utilizaram a imprensa como palco de agressões mútuas. Contudo, não esperavam uma grande surpresa: a chegada do ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos) no jogo.

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O carlista começou um ano com o discurso da renovação e disse que era hora de Wagner "dar oportunidade para alguém que está com muita vontade, que está cheio de disposição", numa alusão a si mesmo, repetindo a retórica de que o ex-governador "representa o passado". 

Pelas redes sociais, mas sem menção nominal ao ex-prefeito, o petista respondeu e cutucou a lealdade do democrata com seus aliados. "Tem gente confundindo empolgação com arrogância".

A terceira via é João Roma?

Bolsonaro surpreendeu o campo da política baiana ao anunciar que João Roma seria o titular da Cidadania. O movimento provocou o rompimento do deputado licenciado com Neto.

Logo em seguida, começaram as primeiras especulações, antecipadas pelo BNews, de que o republicano seria o potencial candidato do bolsonarismo ao Governo da Bahia.

Desde então, Roma vem pontuando bem nas pesquisas, se viabilizando como a "terceira via" na Bahia.

A "festinha" de Neto

Em dezembro, o lançamento da pré-candidatura de Neto movimentou a política. João Roma subiu o tom e chamou o evento de "festinha". A declaração surpreendeu a campanha do ex-prefeito, que não vê mais possibilidade de uma dobradinha entre os dois com o bolsonarista na vice.

Durante o evento, Neto provocou o grupo adversário ao dizer que "o ciclo do PT se encerra no ano que vem". "A vida é feita de ciclos e, na minha opinião, o ciclo do PT se encerra no ano que vem", disparou, no evento realizado no Centro de Convenções de Salvador.

O petista disse que o herdeiro carlista está "nervoso" com o cenário que se desenha de influência da disputa presidencial na Bahia - Lula lidera todas as pesquisas - e por isso se afasta de qualquer nome concorrente ao Planalto. "Então, ele está preocupado com isso. Fica inventando que não vai influenciar. É só ver todas as pesquisas. Ele tá nervoso, porque sabe que o comando presidencial vai pesar muito", alfinetou.

A pressão sobre Wagner

Pressionado a se lançar logo oficialmente como pré-candidato, Wagner disse que "as pessoas estão se precipitando" ao começar a campanha. "As pessoas estão se precipitando. Lançamento tudo bem, na hora certa fazemos o nosso. Vamos acertar nossa chapa daqui para janeiro", declarou.

Wagner também já mantém conversas com possíveis partidos aliados. O veterano assumiu que tem sim interesse de que o MDB - que hoje integra a base do prefeito Bruno Reis (DEM) em Salvador - se junte à base petista para 2022. "Ninguém ganha na eleição criando adversário, inimigo, eu acho que ganha na política trazendo aliados, sem perder a sua coluna vertebral", opinou. 

A polarização já está colocada e a disputa no ano que vem promete.

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