Política

"Projeto de ódio às mulheres": Políticas baianas reagem a denúncias de assédio na Caixa

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Deputadas e vereadoras baianas reagiram com indignação ao episódio que envolve as acusações de assédio sexual cometidas pelo presidente da Caixa  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Agência Senado/ Montagem BNews

Publicado em 29/06/2022, às 13h40 - Atualizado às 16h25   Vinícius Dias e Thiago Conceição


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As deputadas e vereadoras baianas reagiram com indignação ao episódio que envolve as acusações de assédio sexual por parte de funcionárias da Caixa contra o até então presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. As declarações foram dadas ao BNews nesta quarta-feira (29).

A vereadora Laina Crisóstomo (PSol) disse ter ficado “em choque” quando soube das denúncias feitas contra Pedro Guimarães. Ela ainda destacou que o acusado pode ficar impune por ser próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Lendo a matéria vai dando gatilhos, pânico, pensando no quanto essas mulheres viveram esse processo de violência no exercício de seus trabalhos, num espaço onde não tinham para onde correr e fugir. E a forma como agiu foi com a certeza da impunidade por ser o braço direito de Bolsonaro, o presidente da República que já modificou promotor, exonerou delegado e faria qualquer coisa para protegê-lo”, disse.

Para Maria Marighella (PT), também vereadora de Salvador, as acusações de assédio sexual e chantagem que pesam sobre Pedro Guimarães contra as trabalhadoras da instituição financeira nascem dos problemas sociais causados pelo machismo e a misoginia.

“As acusações emergem da misoginia e do machismo de um governo que estabeleceu uma cruzada contra os direitos das mulheres. Fruto do bolsonarismo, Pedro segue a cartilha mais fiel desse governo: o ódio às mulheres”, destacou.

O machismo presente no caso foi reforçado pela vereadora petista Marta Rodrigues, que revelou que ficou horrorizada com os episódios descritos.

“Infelizmente, a verdade é que nada mais nos espanta vindo de um governo federal abertamente machista e misógino. [...] São sucessões de casos horríveis de machismo e misoginia em todas as esferas do governo federal e de aliados desde 2018. ”

As deputadas baianas também mostraram indignação com os relatos que envolvem o caso Pedro Guimarães. A deputada Dayane Pimentel (União Brasil) disse que os relatos feitos pelas funcionárias da Caixa escancaram o perfil “falso cristão e falso moralista” do bolsonarismo.

“Mais um perfil a cara do bolsonarismo: hipócrita, demagogo, falso cristão e falso moralista. Esse governo é um desastre econômico, político, social e moral. Mas a resposta da sociedade para tantos crimes vem nas urnas em outubro”, disse Dayane Pimentel.

A deputada Lídice da Mata (PSB) cobrou rigor na apuração dos fatos: “É inadmissível. Esses relatos que tivemos acesso da suposta prática de assédio sexual pelo presidente da Caixa são terríveis. Esse é um governo de absurdos nunca antes vistos no Brasil. É preciso uma rígida apuração dessas denúncias e afastamento e punição dele. Os relatos da funcionária são os piores possíveis”, concluiu.

Vereadora de Salvador, Roberta Caires (PP) lamentou a quantidade de comportamentos abusivos que acontecem contra as mulheres em ambientes profissionais e alertou para uma subnotificação por medo de receber culpa mesmo sendo vítima.
"Defendo sempre uma rigorosa punição nos casos de assédio sexual, crime previsto no Código Penal brasileiro. As instituições públicas e privadas precisam fiscalizar e eliminar o comportamento machista, misógino e criminoso dentro do ambiente corporativo", afirmou ao BNews.
roberta caires (pp) é vereadora de salvador
Ainda segundo Caires, fortalecer a estrutura de apoio, proteção às vítimas - e consequente punição do assediador - não são medidas que visam tratar vítimas com piedade, senão com o respeito que lhes é devido.

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