Eventos / Réveillon

Rio vai vetar ônibus de fora, isolar Copacabana e fechar metrô às 20h para Réveillon

Queima de fogos no Réveillon do Rio de Janeiro - Gabriel Monteiro/Secom
Festa e queima de fogos para Réveillon do Rio está mantida  |   Bnews - Divulgação Queima de fogos no Réveillon do Rio de Janeiro - Gabriel Monteiro/Secom

Publicado em 23/12/2021, às 12h51   Folhapress


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A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, nesta quinta-feira (23), o planejamento da festa de Réveillon na cidade com uma série de restrições de acesso à cidade e à orla de Copacabana, palco da principal queima de fogos.

A circulação do metrô será interrompida entre 20h de 31 de dezembro e 7h de 1 de janeiro. Já os ônibus municipais deixarão de circular em Copacabana e nas orlas de Barra de Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, também a partir das 20h.

Além disso, serão criados pontos de bloqueio nos principais acessos rodoviários à cidade do Rio, para vetar o acesso de ônibus fretados e vans na cidade. A medida passa a valer na madrugada de 30 de dezembro. Os bloqueios serão montados no Trevo das Missões, em Cordovil; no Trevo das Margaridas, em Irajá; e no entroncamento da avenida Brasil com rodovia Rio-Santos, em Santa Cruz.

A queima de fogos está mantida em dez bairros, mas não haverá shows. Os pontos de celebração previstos são: Copacabana, Flamengo, Piscinão de Ramos, Parque Madureira, Praia da Bica, na Ilha do Governador, Igreja da Penha, estádio Moça Bonita, em Bangu, e Praia de Sepetiba.

Na Barra da Tijuca e no Recreio é a rede hoteleira que organizará nove pontos de queima de fogos.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou que a Guarda Municipal não fará nenhum tipo de controle de aglomerações na orla de Copacabana. Segundo ele, o Ano Novo não pode virar "festa da hipocrisia" e afirmou que o espaço público é o mais seguro. Paes disse que não é "fiscal de aglomeração".

"Estamos criando desincentivos para que as pessoas se aglomerem. Mas não podemos transformar a pandemia em uma grande festa da hipocrisia. O vírus não escolhe só a noite de Réveillon e o Carnaval. Ninguém pergunta todo dia como foi o ensaio da Mocidade, da Beija-Flor em Nilópolis ou da Viradouro em Niterói", argumentou citando escolas de samba.

No início da coletiva, Paes explicou que o esquema montado para o Réveillon foi aprovado pelos comitês científicos do estado e da prefeitura. Ele disse que se queimas de fogos espalhadas pela cidade foram pensadas para evitar deslocamentos até Copacabana.

"Estamos fazendo de tudo para desincentivar grandes deslocamentos e aglomerações. Quando fazemos dez pontos ao redor da cidade é para as pessoas ficarem próximas a sua casa", disse.

Paes voltou a provocar o ator Mário Frias, secretário de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL). Os dois se envolveram em uma troca de farpas pública mas redes sociais após a mulher e a filha de Frias serem barradas em um hotel carioca por não terem o passaporte de vacinação.

Frias é próximo dos filhos do presidente e costuma difundir mensagens negacionistas sobre a Covid-19.
Ao ser perguntado como será feita a fiscalização do cumprimento do passaporte nos hotéis, Paes voltou a provocar Frias.

"Elegemos o hotel modelo do ano o que mostrou uma eficiência na fiscalização fantástica nesse fim de semana. Os hotéis tem sido muito solícitos, mostrando aos negacionistas e terraplanistas que não são bem-vindos no Rio. Apesar do ataque de urticária do rapaz lá de Brasília", ironizou.

Com o surgimento da variante ômicron e divergências entre os comitês científicos da prefeitura e do governo do estado, o prefeito Eduardo Paes (PSD) chegou a anunciar o cancelamento dos festejos de Réveillon. Contudo, o prefeito voltou atrás após se reunir com o governador Cláudio Castro (PL).
Ficou acordado que o escopo da festa seria reduzido, mantendo a queima de fogos em Copacabana e e em uma série de pontos na cidade, mas cancelando os shows gratuitos que costumam fazer parte da programação.

Nesta semana, Paes também indicou a intenção de manter o desfile das escolas de samba na Avenida Marquês de Sapucaí mesmo com a difusão da nova cepa.

A variante ômicron é muito mais transmissível do que as cepas anteriores da Covid-19 e consegue infectar pessoas vacinadas, segundo os primeiros estudos internacionais.

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