Política

Bolsonaro e Alexandre de Moraes conversam a portas fechadas na casa de Arthur Lira

O fato de se isolarem em uma sala chamou a atenção de outros convidados, que festejaram a situação como um sinal de distensionamento entre eles  |  Divulgação/ PR / Agência Brasil

Publicado em 23/06/2022, às 12h01   Divulgação/ PR / Agência Brasil   Folhapress/ Mônica Bergamo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes conversaram a portas fechadas na quarta (22) em uma sala na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Os dois se encontraram no jantar que Lira fez em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que celebra os 20 anos de sua indicação para a corte.

Alexandre de Moraes vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de agosto e tem sido um dos principais alvos de ataques de Bolsonaro. Relator do inquérito das fake news e responsável pela prisão de diversos bolsonaristas, o magistrado chegou a ser chamado de "canalha" pelo presidente diante de uma multidão que se reuniu na avenida Paulista, no dia 7 de setembro de 2021, para um ato de raiz golpista.

Bolsonaro depois fez uma carta se desculpando, mas nunca cessou os ataques e acusa Moraes de ter quebrado um acordo que previa que, em troca da carta, o inquérito das fake news seria encerrado. Moraes e o ex-presidente Michel Temer (MDB), que fez o meio de campo entre os dois, negam.

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Ao chegar ao jantar na casa de Lira, na noite de quarta (22), Bolsonaro cumprimentou Alexandre de Moraes de forma amistosa. Fez piadas com o fato de o magistrado ser corinthiano e ele, palmeirense. Depois de circularem separados entre outros convidados, os dois voltaram a se encontrar -desta vez, em uma sala reservada, e sem a presença de outras testemunhas.

O fato de se isolarem em uma sala chamou a atenção de outros convidados, que festejaram o fato como um sinal de distensionamento, ao menos momentâneo, entre os dois. Há um temor, entre magistrados e lideranças políticas, de que Bolsonaro aumente os ataques ao TSE e não reconheça o resultado das eleições caso seja derrotado nas urnas. Apesar da curiosidade geral, a conversa, até agora, permanece sigilosa.

Além dos dois, também participaram da homenagem a Gilmar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça), o ministro do STF Ricardo Lewandowski e parlamentares da oposição, como o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG).

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